Na noite de segunda-feira (28), Wanderley Paiva, ex-volante e treinador, faleceu aos 77 anos após uma batalha contra o câncer de próstata. Destacou-se como jogador no Atlético-MG, sendo campeão brasileiro em 1971, e que também foi ídolo na Ponte Preta.
Na conquista mais marcante dele em Goiás, Wanderley Paiva levou o Crac ao título do Goianão 2004, na final disputada contra o Vila Nova, clube em que o treinador também fez um trabalho destacado, na Série B do Brasileiro 1999.
Naquele ano, o Vila chegou ao quadrangular final, contra Goiás (campeão), Santa Cruz (vice), Bahia (30 colocado) e Vila Nova (4º lugar). A equipe vilanovense esteve próxima do acesso, mas foi derrotada duas vezes pelo Goiás na fase final e isso acabou pesando na definição da Segundona.
No Crac, Paiva conseguiu a façanha de dar ao Leão do Sul o segundo título do Goianão – o Crac é o único clube do interior goiano duas vezes campeão do Estadual. Antes da final, ele teve de lidar com protestos da torcida catalana.
Num dos jogos, teve de sair escoltado pela PM do Estádio Genervino da Fonseca, pois o Crac havia sido derrotado. Mas ele conseguiu corrigir a rota e levou o time à semifinal, goleando o Goiás (3 a 0) em Catalão e perdendo o jogo de volta (2 a 0), em Goiânia – nos pênaltis, a classificação foi com triunfo de 4 a 2.
Na final, o Leão do Sul decidiu o título contra o Vila Nova. O Tigre venceu no Serra Dourada (2 a 1), mas o Crac foi impiedoso em Catalão, com vitória dupla – 3 a 0 no tempo regulamentar e 5 a 4 nos pênaltis.
O velório e sepultamento ocorreram nesta terça-feira em Três Corações, cidade natal de Wanderley Paiva, localizada no Sul de Minas Gerais. Meus sentimentos à família e aos fãs neste momento de pesar.
Texto: Salmo Vieira
Foto: Divulgação