Por: Sidney Araujo
Foto Destaque: Rovena Rosa/Agência Brasil
Bárbara Costa, de 41 anos, é moradora do bairro Barra da Tijuca e mãe de Pedro, de 12 anos. Atualmente, ela é administradora de um grupo do WhatsApp de troca de material e uniforme. Bárbara participa do coletivo há 5 anos e esse ano não foi diferente. Os livros dos seus filhos, utilizados no ano passado apenas com lápis, esse ano foram doados para outra família carioca. Já os uniformes e livros previstos para esse ano, já foram doados por uma terceira família, que também segue nesse ciclo de reutilização.
“Este ano vou economizar mais ou menos R$3.000 e atualmente qualquer economia é bem-vinda.”, conta a mãe.
A prática aparece em um momento que os preços dos materiais escolares tendem a subir. De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares, a previsão é de que os produtos da lista fiquem entre 7% e 9% mais caros para este ano letivo.
A educadora financeira, Aline Soaper, idealizadora da EfincKids, metodologia que já está sendo ministrada para crianças dentro do ambiente escolar para ensinar educação financeira, acredita que existem algumas dicas essenciais para conseguir driblar a alta de preços nos itens e nas tarifas escolares. Segundo ela, o ideal é que a família tenha se programado ao longo de 2023 para esse gasto de início de ano. No entanto, com a inflação cada vez mais alta e o aumento dos preços, não é difícil encontrar pais e mães preocupados com as contas desse primeiro bimestre.
“Se a família não se preparou para as compras escolares esse será um momento importante para fazer ajustes e, assim, não comprometer o orçamento familiar. O ideal é avaliar os gastos que podem ser cortados e as reservas que podem ser utilizadas. Exemplo disso é o 13º salário, quem conseguiu guardar uma parte pode aproveitar para usar o valor agora”, explica a educadora financeira.
Confira abaixo algumas dicas essenciais listadas pela educadora financeira para quem deseja economizar com o material escolar no início de ano!
1) Avalie as necessidades do aluno e da família:
“Na hora de comprar os materiais escolares, é necessário entender o momento financeiro da família. Se a fase é de aperto no orçamento, o melhor é abrir mão de produtos com marcas licenciadas e personagens, dando assim preferência aos materiais mais simples. A diferença entre um material com personagens licenciados e outro que não tenha esse tipo de referência, por exemplo, pode chegar a 100% do valor”, explica Aline Soaper.
2) Atente-se aos materiais obrigatórios:
“Os pais têm o direito de fazer pesquisa de preços e escolher o que melhor atende ao orçamento da família”, alerta a educadora financeira.
3) Reaproveite!
“O reaproveitamento de materiais do ano anterior é uma excelente alternativa do ponto de vista econômico e também para o meio ambiente. Sobras de cadernos, folhas, canetas, lápis de cor e tintas, bem como outros materiais devem ser reaproveitados, diminuindo assim a lista de itens e dando fôlego ao orçamento das famílias, que poderão adiar em alguns meses essa compra”, explica a educadora financeira.
4) Planejamento prévio e compras coletivas no atacado
Planeje em um grupo de pais para fazer compras em conjunto, com planejamento os responsáveis conseguem pesquisar preços. Vale destacar que compras quando feitas em grupo, podem ter grandes descontos.
5) Aproveite pontos de fidelidade como programas de pontos em bancos e cashbacks
Diversos bancos tem descontos através dos programas de fidelidade de pontos que os responsáveis já tem. É possível usar pontos que as vezes nem se sabe que tem para ter descontos. Várias lojas também fazem cashback, aproveite para trocar por novos produtos da lista.