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Por: Tatiane Braz
Foto: Reprodução
Vídeo: Jornal da Cultura
Salah al-Arouri, vice-presidente do gabinete político do Hamas e fundador do braço militar do grupo palestino, foi vítima de uma explosão no sul de Beirute, capital do Líbano, conforme anunciado pelo próprio grupo palestino nesta terça-feira (2/01). A explosão, que resultou na morte de outras cinco pessoas, ocorreu no bairro Dahiyeh.
O Hamas, que mantém controle sobre a Faixa de Gaza, possui laços estreitos com o Hezbollah, um grupo libanês apoiado pelo Irã e com uma presença significativa na área onde a explosão ocorreu.
Até o momento, as Forças Armadas israelenses não se pronunciaram sobre as especulações da mídia estrangeira associando a explosão a possíveis ações de Israel. Mark Regev, assessor próximo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a explosão resultou de um “ataque cirúrgico” contra o Hamas, sem atribuir diretamente a autoria a Israel durante uma entrevista à MSNBC.
Assista ao vódeo; créditos Jornal da Cultura:
“Quem quer que tenha feito isso precisa deixar claro que não foi um ataque ao Estado do Líbano”, destacou Regev. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, classificou a explosão como “um crime” com o objetivo de “arrastar o Líbano para uma nova fase de confronto com Israel”.
Aos 57 anos, Salah al-Arouri teve papel crucial no Hamas, liderando o movimento estudantil islâmico desde 1987 e desempenhando um papel fundamental na criação e liderança das brigadas Al-Qassam, o braço militar do grupo. Sua trajetória incluiu participação em um acordo que resultou na libertação de mais de 1.000 prisioneiros palestinos em troca de um soldado israelense em 2006.