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Por: Alex Alves
Foto: Divulgação/Agência Brasil
A auditoria da CGU revelou fragilidades na venda da Refinaria Landulpho Alves, apontando que ocorreu abaixo do preço de mercado, devido ao momento durante a pandemia de COVID-19 e à baixa nos preços do petróleo. Embora não tenha afirmado perda econômica categoricamente, o relatório questionou o timing da Petrobras, sugerindo que a empresa poderia ter aguardado a recuperação do mercado de petróleo. A venda enfrentou desafios em um cenário de incerteza econômica e volatilidade induzida pela pandemia.
Outras questões destacadas pela CGU incluem fragilidades na utilização de cenários para suporte à tomada de decisão, questionando a aplicação de metodologias não utilizadas anteriormente na venda de empresas estatais brasileiras. A Petrobras defendeu o uso de cenários, reconhecendo limitações, e mostrou disposição para considerar melhorias sugeridas.
O relatório reacendeu suspeitas sobre presentes do governo dos Emirados Árabes ao ex-Presidente Jair Bolsonaro em torno da venda da refinaria. A investigação envolve armas devolvidas e inquéritos em andamento sobre joias e esculturas presenteadas. A conexão entre a venda da refinaria e os presentes recebidos está sendo investigada, como mencionado pelo Ministro da AGU, Jorge Messias, nas redes sociais.
O Ministro Vinicius Marques de Carvalho informou na mesma plataforma que o relatório de auditoria está nas mãos da Polícia Federal. A ênfase dada por Bolsonaro à aprovação da venda pelo TCU foi reiterada em resposta a suspeitas anteriores.