Por: Salmo Vieira
Foto: Reprodução/REUTERS
O ex-presidente americano disse que vai recorrer da decisão do tribunal de Nova Iorque. Por seu lado, a denunciante considerou a decisão do juíz “uma grande vitória para cada mulher que se levanta quando é derrubada”. Trump ainda tem 91 acusações pendentes
Donald Trump foi condenado a pagar 83,3 milhões de dólares adicionais [76,6 milhões de euros] a uma mulher que atacou nas suas redes sociais, depois de a ter acusado de ter sido agredida sexualmente pelo magnata numa loja em Manhattan.
O acórdão de sexta-feira, de um tribunal de Nova Iorque, é uma dura e dispendiosa reprimenda para o ex-presidente dos Estados Unidos e significa que terá de pagar à escritora E. Jean Carroll um total de 88,3 milhões de dólares (81,28 milhões de euros) depois de um veredito anterior por agressão sexual e difamação que perdeu o ano passado.
O ex-presidente tem protestado energicamente e vai recorrer
Carroll, de 80 anos, trabalhou como colunista para a revista ‘Elle’ por mais de duas décadas, A escritora cumprimentou os seus advogados e sorriu quando ouviu o júri anónimo composto por sete homens e duas mulheres proferir o seu veredito.
A colunista recusou prestar declarações quando saiu do tribunal, mas emitiu uma nota enviada mais tarde, através de um agente, dizendo que “esta é uma grande vitória para todas as mulheres que se levantam quando as derrubam, e uma grande derrota para os matulões que tentam mantê-las no chão“.
Trump abandonou a sala de audiências furioso, durante as declarações finais do advogado de defesa de Carroll, tendo regressado à sala para escutar os argumentos finais do seu próprio advogado.
Contudo, o ex-presidente norte-americano voltou a abandonar o tribunal meia hora antes de se ouvir o veredito final dos jurados.
“Absolutamente ridículo!“, disse Donald Trump em comunicado. “O nosso sistema legal está fora de controle e está a ser utilizado como arma política“, acrescentou.
Trump ainda tem 91 acusações criminais pendentes em quatro acusações que o acusam de tentar anular as presidenciais de 2020, de lidar com documentos mal classificados e organizar subornos para uma estrela de filmes pornográficos.