Foto: Destaque/Antônio Cruz
Por: Redação
O falecimento de Paulo Marubo, um líder indígena que dedicou quase uma década à coordenação da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), representa uma perda significativa na batalha pela preservação dos territórios indígenas. Sua notável contribuição inclui a criação da Equipe de Vigilância da Univaja (EVU), dedicada à segurança das comunidades em isolamento voluntário, destacando-se diante das constantes ameaças, como o tráfico de drogas, pesca e caça ilegais.
Enfrentando as complicações de uma hepatite, Paulo Marubo também se deparou com desafios no sistema de saúde, incluindo a falta de atendimento adequado. Sua transferência para Manaus, motivada pela precariedade no Sistema Único de Saúde (SUS), evidenciou vulnerabilidades, suscitando críticas à segurança no Amazonas, que deveria garantir a integridade de uma figura ameaçada por criminosos.
Eliésio Marubo, advogado e parente de Paulo, destacou a contribuição inestimável do líder para o modelo da Univaja, enfrentando desafios regionais e liderando buscas por indigenistas desaparecidos. A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) reconheceu seu legado, ressaltando as condições criadas por ele para preservar a floresta e as vidas que ali habitam.
Diante dessa perda, os Ministérios dos Povos Indígenas e da Saúde, em conjunto com a Fundação Nacional do Índio (Funai), atendam às demandas urgentes dessas comunidades. Além disso, torna-se imperativo que a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas reveja protocolos, assegurando a proteção dos líderes indígenas que corajosamente arriscam suas vidas na defesa de suas terras e culturas.