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Por: Redação
Fotos: Reprodução/Secom
Curso abordou reconhecimento dos sintomas da doença, manejo correto do paciente até os sinais de alarme e realização do teste rápido. Procedimentos também valem para chikungunya e zika
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Escola de Saúde Pública de Goiânia, promoveu nesta segunda-feira (19/2) capacitação de profissionais de saúde que atuam nas unidades da Atenção Primária para o enfrentamento das arboviroses, com ênfase na dengue.
A Capital registrou, até domingo (18/2), 3.890 casos prováveis de doença e três óbitos seguem em investigação. Com o município em estado de alerta, caso o comitê confirme que um dos óbitos tenha ocorrido em decorrência da dengue, Goiânia pode declarar estado de emergência.
“Capacitamos os profissionais para que usem o fluxograma do Ministério da Saúde, que traz todas as recomendações, como o quanto de hidratação o paciente precisa tomar, dentre outros cuidados, para que os coordenadores de distritos possam repassar e capacitar os médicos que trabalham naquela região”, destaca a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Nádia Maciel, que ministrou palestra no evento.
Segundo a professora e infectologista da rede municipal de saúde, o objetivo é que as pessoas que vierem a ter dengue recebam o cuidado correto e se evite complicações e óbitos. “Ressaltamos muito a importância do sinal de alarme, pois o paciente tem que retornar à unidade imediatamente”, frisou Nádia, ao lembrar que nas unidades de saúde serão feitos a prescrição de líquido necessário, pedido de exames, teste rápido e demais orientações.
Biomédico da SMS e gerente de Apoio Diagnóstico, Bruno Costa defendeu que a palestra sobre manejo clínico auxilia no trabalho dos profissionais de saúde e evita a sobrecarga nas unidades de urgência. “Falei sobre o diagnóstico laboratorial, importante no manejo da dengue, sobre como fazer a coleta e acondicionamento, para não haver erros, até o envio para o laboratório”, explicou. O profissional também falou sobre os testes rápidos de Dengue – NS1.
O biomédico destacou que o teste rápido também precisa de uma avaliação com o hemograma, além da avaliação clínica do paciente. “Então, essa formação abrange vários detalhes e etapas pra que esse paciente que chega realmente tenha todo esse cuidado e não evolua pra casos graves”, assinalou.
A coordenadora técnica da Vigilância do Distrito Sanitário Leste, Jandimira Souza, classificou o curso como esclarecedor. “A partir do momento em que os servidores vão seguir esse fluxo, fica mais fácil enfrentar a dengue. Não justifica a gente perder paciente, por isso estamos aqui. Agora a gente vai repassar o conhecimento para outros coordenadores e para a equipe de enfermagem e equipe médica”, disse.
Diretora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Marília Castro defendeu a importância de os profissionais de saúde estarem sensibilizados e capacitados em relação à dengue. “Precisamos informar qual é o cenário em que Goiânia está dentro de Goiás, do Brasil e do mundo. A Capital já é uma cidade endêmica e é fato que, a cada três ou cinco anos, como é uma doença cíclica, provavelmente a gente vai ter esses períodos de epidemia”, frisou.
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia