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Por: Redação
Fotos: Jucimar de Sousa
Em dois dias de força-tarefa, mais de 3,5 mil imóveis foram visitados na Região Norte de Goiânia por Agentes de Combate a Endemias
Ação tem como objetivo combater o mosquito Aedes aegypti e integra as atividades da primeira edição de 2024 do Mutirão de Goiânia, que oferecerá mais de 200 serviços à população no próximo sábado (24/2) e domingo (25/2), na Praça da Vitória, localizada na Vila Jardim São Judas Tadeu
Durante os dois primeiros dias da força-tarefa que tem como objetivo combater o mosquito Aedes aegypti, os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) da Prefeitura de Goiânia realizaram 3.529 visitas em domicílios da Região Norte da Capital, que desde esta terça-feira (20/2) recebem as ações que integram a primeira do Mutirão de Goiânia de 2024. Mais de 200 serviços serão oferecidos à população no próximo sábado (24/2) e domingo (25/2), na Praça da Vitória, localizada na Vila Jardim São Judas Tadeu.
Na abertura da força-tarefa, o prefeito Rogério explicou que o trabalho dos agentes é no sentido de orientar de porta em porta, conversar com as famílias e, principalmente, ajudar na prevenção e no combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika vírus. “O ponto mais importante é a conscientização do cidadão, o descarte do lixo no local correto. Nós temos vários ecopontos espalhados por Goiânia. É importante que o cidadão procure o ecoponto da sua região e colabore com a Prefeitura para que o descarte seja feito corretamente”, afirmou.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), durante as visitas em domicílios, 400 focos do mosquito foram identificados e foram feitos 15 bloqueios focais. “Estamos com 147 Agentes de Combates a Endemias percorrendo bairros da Região Norte, mas não para por aí, diariamente temos profissionais em todas as regiões da Capital”, explica o diretor de vigilância em Zoonoses, Murilo Reis, que enumerou ainda a quantidade de 2,5 mil pneus recolhidos, que estavam armazenados ou descartados de forma incorreta.
Murilo Reis lembra ainda que na ação específica do Mutirão de Goiânia as equipes estão orientando para que a população faça a limpeza do seu quintal. “Assim como a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) tem realizado a fiscalização e a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) está intensificando a limpeza dos lotes baldios, onde muitas vezes tem entulhos que servem de criadouros do mosquito”, pontuou, destacando que a força-tarefa da Região Norte ocorre até domingo (25/2), e que os ACEs intensificam, neste período ações em toda cidade.
Armadilhas
Dentre as ações da força-tarefa há também o monitoramento das 3,5 mil armadinhas In2Care, que foram adquiridas pela SMS e instaladas em locais estratégicos da cidade. Elas estão em funcionamento nos setores Jardim Novo Mundo, Vila Nova, Setor Universitário e Parque Tremendão. A tecnologia dos equipamentos consiste em um dispositivo feito de plástico durável, aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que emite substâncias que atraem as fêmeas para depositar os ovos no interior de um recipiente semelhante a um balde que contém larvicida e um fungo para contaminar os mosquitos durante a postura dos ovos.
Ao voarem para fora da armadilha, os insetos espalham as substâncias em outros criadouros. Em poucos dias, os mosquitos contaminados são mortos pela ação dos fungos. De acordo com o diretor Murilo Reis, “a efetividade das armadilhas fica evidente ao analisar a redução de 49,1% nos casos confirmados nos quatro setores entre 2022 e 2023, quando passou, no primeiro ano, de 3.482 casos confirmados para 1.772 casos no segundo ano. Além delas, nós temos as nossas equipes de pulverização de inseticida. Os agentes das equipes de bloqueio fazem essa pulverização de inseticida matando o mosquito adulto, interrompendo o ciclo do vírus”, afirma.
Alerta
Conforme dados do último Boletim Epidemiológico Arboviroses, divulgado nesta quarta-feira (21/2), Goiânia confirmou 2.542 casos de dengue, com um aumento de 67,2% em relação ao boletim anterior, que contabilizava 1.520 casos. Além disso, uma morte por dengue também foi confirmada. O boletim também informa 80 casos confirmados de chikungunya e dois casos prováveis de zika vírus. A Capital continua no nível de alerta 2, mas agora passou para a situação 3.
O secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, aponta fatores como a variação climática, aumento das chuvas, o ressurgimento de novos sorotipos do vírus como contribuintes para o crescimento desses números. “Além desses, outros fatores têm contribuído para o aumento de casos, como o inverno atípico, além das consequencias provocadas pelo El Niño. A chuva, somada ao calor, favorece a replicação do mosquito Aedes aegypti”, explica.
O secretário informa que, em 2023, 2,7 milhões de visitas domiciliares foram realizadas e 47.859 focos foram eliminados pelas equipes de endemias.
Em dois dias de força-tarefa, mais de 3,5 mil imóveis foram visitados na Região Norte de Goiânia: ação tem como objetivo combater o mosquito Aedes aegypti e é realizada por Agentes de Combates a Endemias
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia