Por: Redação/PD
Foto destaque: Reprodução/Agência Brasil
O G20, um fórum internacional que reúne governos de 19 das principais economias do mundo, além de dois blocos de países, realiza anualmente cúpulas com chefes de governo, chanceleres e ministros da Economia. O objetivo é discutir temas de relevância global e definir propostas para a agenda global, abrangendo áreas como saúde, segurança internacional, meio ambiente e economia.
Ao final de cada reunião de cúpula, é produzido um comunicado oficial que reflete o consenso e as decisões alcançadas. Para contribuir com a elaboração desse documento, a sociedade civil e outras autoridades se organizam em 13 grupos de engajamento, cada um focado em áreas específicas como negócios, direitos trabalhistas, justiça, juventude e mulheres.
Um desses grupos, o C20 (Civil 20), é composto por organizações sociais e tem como propósito principal elaborar propostas para influenciar os líderes globais nas rodadas do G20. O coordenador atual do C20, Henrique Frota, que também dirige a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ONG), explicou que mais de 1,5 mil organizações sociais, representando mais de 60 países, já se inscreveram para participar do processo de elaboração do documento que será negociado com os governos das nações do G20 até novembro.
Os trabalhos do C20 estão programados para ocorrer de março a junho, período em que serão elaboradas as propostas a serem apresentadas. Frota ressaltou que o C20, com seus 10 anos de existência desde 2013, não começa do zero e construirá as propostas deste ano com base nos debates e acúmulos anteriores.
Com a cúpula do G20 acontecendo no Brasil este ano, é natural que alguns temas se destaquem nas discussões do C20. Henrique Frota destacou que as prioridades da presidência brasileira, como o combate à fome e pobreza, desenvolvimento sustentável, transição energética e reforma do sistema multilateral, estão entre os pontos focais dos debates.
Além das negociações com os governos, o C20 terá interações com outros grupos de engajamento, como o L20 (sindicatos), W20 (igualdade de gênero), T20 (assuntos socioeconômicos), P20 (lideranças parlamentares), S20 (cientistas), B20 (empresas), U20 (autoridades urbanas), Y20 (jovens) e J20 (supremas cortes). Essa ampla interação visa garantir uma abordagem inclusiva e abrangente para enfrentar os desafios globais e propor soluções significativas.