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Por: Redação
Fotos: Destaque/Divulgação
O deputado federal por Goiás, Gustavo Gayer (PL), foi recentemente citado em uma reportagem do jornal O Globo, apontando que ele teria sido monitorado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A lista de alvos monitorados pela agência, revelada pelo jornal carioca, inclui uma variedade de figuras, desde políticos até ambientalistas e acadêmicos.
A investigação da Polícia Federal indicou que a Abin, durante o governo de Bolsonaro, utilizou um programa chamado FistMile para monitorar em tempo real a localização de celulares, sem qualquer autorização judicial. Esta prática ilegal foi direcionada a adversários e até mesmo aliados do presidente.
O programa em questão, FistMile, foi adquirido ainda no governo de Michel Temer, e utiliza geolocalização a partir do número de telefone para rastrear os alvos. Além das sérias violações à privacidade e à proteção de dados, também há destaque para a falta de transparência e base legal para o uso deste sistema.
Não foram fornecidos detalhes específicos sobre a data exata do monitoramento de Gustavo Gayer ou as motivações por trás da espionagem. Contudo, a reportagem menciona que o acompanhamento aconteceu em uma região próxima ao Congresso Nacional, com a maioria das consultas ocorrendo entre setembro e outubro de 2020. O jornal tentou contato com o parlamentar e sua assessoria, porém não obteve retorno.
Em uma operação anterior da Polícia Federal, dois servidores da Abin foram presos e outros cinco afastados por suspeita de monitoramento ilegal de telefones celulares entre dezembro de 2018 e 2021. A investigação aponta que o sistema FistMile foi usado para espionar não apenas adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas também jornalistas e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com maior intensidade em 2021, pouco antes da pré-campanha eleitoral.
Os investigados nesta operação podem responder por crimes como invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas ou informáticas sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados por lei. Este caso levanta preocupações sérias sobre o respeito às leis e à privacidade no país.