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Por: Redação
Foto: Destaque/ Instagram @carmeloneto/Reprodução
No último domingo (26/2), o presidente da Argentina, Javier Milei, utilizou suas redes sociais para expressar apoio a Jair Bolsonaro durante uma manifestação na Avenida Paulista. O líder argentino compartilhou uma publicação em que uma usuária destaca um vídeo de Bolsonaro segurando uma bandeira de Israel no evento. Na legenda, a mulher afirmou que “Lula é pró-Hamas, Bolsonaro é pró-Israel, fim”.
No entanto, a declaração da usuária, embora tenha sido compartilhada pelo chefe de Estado argentino, não é precisa. O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou as ações do Hamas imediatamente após a invasão de Israel, em 7 de outubro. Posteriormente, em 20 de outubro, Lula foi ainda mais incisivo, rotulando o grupo extremista como terrorista.
A polarização de opiniões sobre o conflito entre Israel e Hamas ganhou destaque após Lula proferir críticas contundentes ao governo israelense durante uma viagem ao exterior em 18 de fevereiro. Ele comparou as ações do exército israelense na Faixa de Gaza ao genocídio de judeus liderado por Adolf Hitler durante o Nazismo.
Essa postura resultou na classificação de Lula como persona non grata pelo governo israelense no dia seguinte. Desde então, a extrema direita tem utilizado esse episódio para enquadrar Lula em um lado do conflito, oposto à posição pró-Israel defendida pelos bolsonaristas.
Esses eventos refletem as tensões políticas e ideológicas não apenas no Brasil e na Argentina, mas também em relação ao conflito entre Israel e Palestina, que continua a gerar debates e polarizações em todo o mundo.