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Por: Tatiane Braz/portaldemocrata.com.br
Foto: Reprodução/Folha PE
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota contundente nesta sexta-feira (01), condenando veementemente o recente ataque a tiros na Faixa de Gaza que resultou na trágica morte de mais de 100 palestinos durante uma operação de distribuição de comida e suprimentos básicos.
A situação foi descrita como “intolerável” pelo comunicado, que também criticou as ações do governo Netanyahu, acusando Israel de agir sem limites éticos ou legais na região. O Brasil fez um apelo à comunidade internacional para intervir e evitar mais atrocidades, enfatizando a urgência de ações concretas para proteger os civis em Gaza.
De acordo com relatos, o incidente ocorreu enquanto os palestinos tentavam acessar caminhões de ajuda humanitária, com testemunhas relatando disparos por parte das tropas israelenses. Embora as Forças de Defesa de Israel tenham inicialmente negado qualquer envolvimento direto, posteriormente um porta-voz militar admitiu que tanques israelenses efetuaram disparos de advertência.
O Itamaraty, em sua nota, mencionou que mais de 100 pessoas foram mortas e mais de 750 ficaram feridas, incluindo vítimas de tiros, pisoteamentos e atropelamentos. O comunicado destacou a grave situação humanitária em Gaza e responsabilizou o governo israelense pela escalada da violência, pedindo à comunidade internacional para agir e impedir novos massacres na região.
Além disso, a nota fez menção às declarações polêmicas do ex-presidente Lula durante uma viagem à Etiópia, onde comparou a situação em Gaza ao Holocausto. Essas declarações levaram a tensões diplomáticas entre o Brasil e Israel, mas Lula manteve sua posição em entrevistas subsequentes.
O Brasil reiterou a necessidade urgente de um cessar-fogo e de acesso irrestrito à ajuda humanitária em Gaza. Também enfatizou a importância da implementação das medidas cautelares estabelecidas pela Corte Internacional de Justiça e criticou os Estados Unidos por vetarem resoluções no Conselho de Segurança da ONU que buscavam um cessar-fogo humanitário imediato.