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Por: Tatiane Braz/portalfalacanedo.com.br
Foto: Reprodução/Elena Goosen/istock/catracalivre
A Febre do Oropouche, doença viral transmitida principalmente por mosquitos, tem sido motivo de preocupação devido ao recente aumento de casos em várias regiões do Brasil. O primeiro caso registrado no Rio de Janeiro, proveniente de uma viagem ao Amazonas, levanta alertas sobre a possibilidade de importação da doença para áreas urbanas.
Aumento de Casos – Este ano, o estado do Rio de Janeiro já confirmou 1.398 casos de febre do Oropouche, marcando um significativo aumento em relação ao ano anterior. Esse aumento triplo levanta suspeitas de transmissão local, indicando a importância da vigilância e ação das autoridades de saúde.
Transmissão e Sintomas – Os mosquitos são os principais transmissores da Febre do Oropouche, carregando o vírus OROV em seu sangue após picarem humanos ou animais infectados. Os sintomas, que incluem dor de cabeça, muscular e nas articulações, náusea e diarreia, podem ser confundidos com outras arboviroses como a dengue e a chikungunya, dificultando o diagnóstico clínico.
(Similaridades com Dengue e Chikungunya)
No Amazonas, a situação é crítica, pois os sintomas se assemelham aos da dengue e da chikungunya. Especialistas alertam para a necessidade de reconhecer a prevalência da Febre do Oropouche na região Norte, onde surtos têm sido registrados nos últimos anos.
Diagnóstico e Prevenção – O diagnóstico da Febre do Oropouche requer uma avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial, com notificação obrigatória de todos os casos de infecção. As autoridades de saúde recomendam medidas preventivas semelhantes às da dengue, como evitar áreas com muitos mosquitos, usar repelente e manter a casa limpa para eliminar possíveis locais de reprodução dos insetos.
Ciclos de Transmissão – Existem dois ciclos de transmissão da Febre do Oropouche:
– [Ciclo Silvestre]: Envolve animais como hospedeiros e mosquitos como vetores, destacando o papel do mosquito Culicoides paraenses.
– [Ciclo Urbano]: Neste caso, os seres humanos são os principais hospedeiros, e o mosquito maruim e o pernilongo urbano também desempenham papéis na transmissão.
Conclusão – A Febre do Oropouche representa um desafio de saúde pública devido à sua transmissão por mosquitos e à dificuldade de diagnóstico. A vigilância epidemiológica e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para controlar a propagação da doença. A população deve estar atenta aos sintomas e seguir as orientações das autoridades de saúde para proteger-se e evitar a disseminação do vírus.