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Por: Redação/portaldemocrata.com.br
Foto: Destaque/Câmara Municipal de Goiânia
A Câmara Municipal de Goiânia tem sido palco de intensos debates esta semana, centrados no projeto de empréstimo de R$ 710 milhões. Nesta terça-feira, 5, uma emenda aditiva foi acatada, abrindo caminho para que o texto seja agora analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira, 6. A previsão é que a matéria seja votada definitivamente na quinta-feira.
O procurador-geral do Município, José Carlos Ribeiro Issy, demonstra confiança de que o processo seguirá sem contratempos adicionais: “Temos segurança quanto ao cumprimento do rito, dificilmente deve haver uma nova suspensão desse processo. Temos seguido todos os ritos que a Lei e o regimento interno da Casa determinam”, afirmou em entrevista ao Jornal Opção.
No entanto, a vereadora Kátia Maria (PT) também trouxe sua posição ao debate, apresentando uma emenda que propõe o arquivamento do projeto. Segundo ela, a emenda acatada pelo plenário fere o regimento da casa por alterar de forma incorreta um texto substitutivo encaminhado ainda no ano passado para a Câmara. “Essa manobra fere o regimento da casa e torna o projeto inconstitucional. O correto é que a Prefeitura encaminhe um novo texto para a Câmara para que seja apreciado pelos vereadores”, afirmou.
A emenda da vereadora não foi votada e será apreciada junto com a alteração proposta pelo Paço na reunião da CCJ nesta quarta-feira.
A sessão na Câmara não foi tranquila. Enquanto o texto foi aprovado com apenas seis votos contrários, a base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) enfrentou uma manifestação dos servidores administrativos da educação, que estão em greve. Apesar de o foco dos funcionários públicos não ser o empréstimo, eles aproveitaram para protestar durante a sessão.
A oposição tentou esvaziar o plenário durante a votação para invalidar o quórum e a votação da admissibilidade da emenda do Paço, mas sem sucesso. Posteriormente, os vereadores da base também esvaziaram o plenário para encerrar a discussão e evitar a votação da emenda que propunha o arquivamento do projeto.
Assim, a atmosfera na Câmara de Goiânia continua carregada de tensão e debates acalorados enquanto o projeto de empréstimo segue seu curso rumo à votação final.