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Por: Redação/portaldemocrata.com.br
Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert/PR
Governo Brasileiro Reafirma Controle na Distribuição de Dividendos da Petrobras
Em um dia marcado por discussões sobre os rumos da Petrobras, ministros do governo brasileiro enfatizaram que o controle acionário da empresa está nas mãos do governo, especialmente em relação à distribuição de dividendos.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, deixaram claro que a decisão final sobre como os lucros da estatal serão compartilhados cabe ao governo, que detém a maioria do conselho.
Durante uma reunião que durou mais de três horas no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e membros do conselho, discutiram o tema. Após o encontro, Haddad e Silveira abordaram a imprensa para esclarecer o posicionamento do governo.
Silveira enfatizou que os investidores da Petrobras estão plenamente cientes de que o governo é o principal controlador da empresa. Ele destacou que a decisão do Conselho, na semana anterior, de depositar R$ 43 bilhões de dividendos extraordinários em uma conta de contingência, está em conformidade com o estatuto da Petrobras.
Por sua vez, Haddad ressaltou que o pagamento desses dividendos extraordinários será feito de acordo com as deliberações do Conselho de Administração da Petrobras, considerando cuidadosamente o plano de investimento da empresa.
Ele explicou que, ao invés de uma distribuição imediata de 100% ou nenhum dividendo extraordinário, o conselho decidiu agir com prudência. A distribuição será avaliada à medida que se torne claro que não comprometerá o robusto plano de investimentos da companhia.
Rumores sobre uma possível demissão do presidente da Petrobras foram rapidamente desmentidos pelos ministros, classificando-os como “especulação”. Eles salientaram que o foco da reunião foi discutir a transição energética e ecológica, enfatizando a importância dos investimentos da Petrobras para o futuro do país.
As declarações recentes do presidente Lula, defendendo que os recursos da Petrobras sejam direcionados para investimentos ao invés de uma distribuição excessiva de dividendos, também ecoaram na reunião. Lula afirmou que a empresa não pode se limitar apenas aos interesses dos acionistas, mas deve considerar os 200 milhões de brasileiros que são donos ou parceiros da empresa.
No mercado financeiro, as declarações causaram um impacto imediato, com uma queda de 1,92% nas ações ordinárias e 1,30% nas preferenciais da Petrobras na Bolsa de Valores de São Paulo.
Os investidores reagiram às palavras de Lula, refletindo a incerteza em relação à distribuição de dividendos e o direcionamento dos recursos da empresa para investimentos estratégicos.
O governo, ao reafirmar seu papel decisivo na gestão da Petrobras, demonstrou seu compromisso com a governança e o desenvolvimento sustentável da empresa, alinhando-se com uma visão de longo prazo para o setor energético do Brasil.