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Por: Tatiane Braz/portaldemocrata.com.br
Foto: Reprodução/Getty Images/Adam Berry
Neste domingo (17), Vladimir Putin, de 71 anos, que concorria à reeleição presidencial Russa, venceu a disputa e se manterá no comando do país por mais 6 anos. O favoritismo do candidato já havia sido divulgado em pesquisas realizadas desde o início do processo eleitoral na sexta-feira (15). A TV estatal Russia-24 confirmou o resultado na tarde deste domingo, com cerca de 87% dos votos direcionados para Putin. Mais de 8 milhões de pessoas votaram através do sistema online, segundo o órgão.
Os outros três candidatos não obtiveram mais de 4% de apoio. O comunista Nikolai Kharitonov tinha 4%, Vladislav Davankov do Novo Povo, tinha 3,8%, e Leonid Slutsky, líder do ultranacionalista Partido Liberal Democrático da Rússia, ficava atrás com 3%. A oposição acusa o sistema eleitoral de compactuar com uma farsa, alegando que os candidatos participantes seriam apenas fantoches para dar ar de legalidade na eleição, sem reais chances de vitória. O pleito também é contestado após candidaturas de adversários serem rejeitadas.
O presidente Russo iniciou sua carreira em 1999, aos 46 anos, atuando como primeiro-ministro do presidente Boris Yeltsin, o primeiro presidente eleito após a dissolução da União Soviética em 1991. Putin é o líder mais antigo desde o ditador soviético Josef Stalin, já está no poder há quase 25 anos e este será seu quinto mandato.
Mesmo com a guerra e ocupação de regiões da Ucrânia, o governo de Vladimir Putin organizou a eleição para os russos que vivem na Ucrânia. Segundo autoridades russas, cerca de 80% da população participou do processo. O Ministério das Relações Exteriores de Kiev disse que a eleição é ilegal e não reconheceria o pleito.
Atualmente, a Rússia ocupa cerca de um quinto da Ucrânia, com a Crimeia sendo invadida e anexada ao território Russo em 2014. A alegação foi que a anexação protegeria a Crimeia de extremistas de Kiev, mas também se observa que a região é estratégica, com águas quentes favorecendo o transporte marítimo, facilitando acordos comerciais e de defesa territorial por parte da Rússia.
A morte de Alexei Navalny, principal opositor de Vladimir Putin, ocorrida no mês passado, levanta suspeitas. Navalny estava preso desde 2021 e, segundo o sistema penitenciário Russo, teria passado mal após uma caminhada e morrido subitamente. Ele foi condenado a 19 anos de prisão no ano passado, acusado de criar uma rede extremista, financiar ativistas, entre outras atividades contra o governo Russo. Sua morte, ocorrida cerca de um mês antes da eleição, levanta questionamentos e suspeitas.