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Por: Redação/portaldemocrata.com.br
Foto: Reprodução/Freepik
Programa ambiental busca avaliar condições da água, do solo, da fauna e da flora, além de apontar caminhos para recuperação do rio responsável por metade do abastecimento na Grande Goiânia
A Câmara de Goiânia realiza, a partir da próxima quarta-feira (20), a 2ª Expedição Rio Meia Ponte, que busca monitorar e avaliar condições da água, do solo, da fauna e da flora, além de apontar caminhos para recuperação do rio responsável por metade do abastecimento de água na Região Metropolitana de Goiânia.
O início das atividades será às 8 horas, nas margens do Meia Ponte, na Vila Roriz, no encontro entre o Meia Ponte e o Ribeirão Anicuns.
A Expedição Rio Meia Ponte é um projeto de autoria da vereadora Kátia (PT) e foi aprovado por unanimidade pela Câmara, que abraçou completamente a ideia.
Em março do ano passado, durante seis dias, cerca de 30 pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Instituto Federal de Goiás (IFG) desceram de barco os 40 quilômetros do rio, no município de Goiânia, identificando pontos de degradação, de assoreamento, de poluição, de descarte irregular de lixo e de esgoto, de ocupação e de desmatamento indevido das margens.
Os pesquisadores também recolheram amostras da água, do solo, da fauna e da flora para identificar, em laboratório, as condições do rio. Paralelamente a isso, equipes também percorreram as margens do rio e bairros cortados por ele, realizando ações de conscientização e de educação ambiental.
Todo o material observado e recolhido deu origem à Carta das Águas do Meia Ponte – maior e mais completo estudo já realizado sobre o manancial.
Em setembro, uma nova etapa da expedição foi realizada para avaliar a situação do rio no período de seca, além de identificar novos pontos de crimes ambientais e de comparar condições do rio em momentos de chuva e de estiagem.
A Expedição Rio Meia Ponte é científica e não tem caráter fiscalizatório ou punitivo, mas irregularidades observadas foram reportadas a órgãos competentes.
Na primeira etapa, por exemplo, foram identificados 31 pontos de assoreamento, dois aterramentos, nove erosões lineares, quatro erosões fluviais, um rompimento de manilha e duas “atividades impactantes não coincidentes com usos urbanos (pivôs de irrigação e mineradora)”.
Já na segunda etapa, mais de 92 toneladas de lixo foram retiradas das margens e do leito do rio, além de 437 pneus encontrados e recolhidos – muitos deles depositados embaixo da ponte na Avenida Meia Ponte, no Setor Santa Genoveva.
Agora, pesquisadores retornam ao rio para analisar condições do Meia Ponte e para avaliar se houve melhora entre o ano passado e este. Além disso, duas estações ambientais permanecerão instaladas – uma na Vila Roriz e outra na Vila Monticelli – para receber alunos da rede pública de ensino e moradores da região.
Entre as atividades de educação ambiental previstas, estão palestras, jogos educativos, oficina de localização geográfica com drones, testes de qualidade da água e do solo e recolhimento de lixo.
A Expedição termina na sexta-feira (22), Dia Mundial da Água. As análises de campo e laboratoriais darão origem a um novo documento – uma nova Carta das Águas, que servirá de comparativo com estudos realizados no ano passado.