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Por: Tatiane Braz/portaldemocrata.com.br
Foto: Destaque/Getty Images/Adam Berry
A tensão entre a Rússia e a Ucrânia atingiu um novo patamar após as recentes declarações do presidente russo Vladimir Putin. Após sua vitória nas eleições presidenciais, Putin afirmou sua intenção de invadir mais regiões ucranianas para estabelecer uma zona de tampão, protegendo assim as forças russas já presentes em territórios controlados de possíveis ataques de longo alcance e incursões ucranianas.
A proposta de uma “zona sanitária” nesses territórios controlados pelo governo ucraniano é uma medida que, segundo Putin, dificultaria invasões com armas de ataque estrangeiras.
Essas afirmações vêm em um momento em que os russos têm registrado avanços no campo de batalha, enquanto os ucranianos enfrentam dificuldades com a falta de munição e relatos de soldados cansados após mais de dois anos de guerra. Atualmente, a linha de frente estende-se por mais de mil quilômetros nas regiões leste e sul da Ucrânia.
Além disso, Putin mencionou a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial caso países do Ocidente decidam enviar tropas para a Ucrânia. Essa preocupação foi alimentada por comentários do presidente francês Emmanuel Macron sobre a não exclusão da possibilidade de envio de tropas ocidentais, embora ele tenha ressaltado que a situação atual não requer essa ação.
Em relação às negociações de paz, Putin afirmou que a Rússia está aberta para discutir, porém, ele deixou claro que não aceitará um acordo que permita à Ucrânia recuperar armamentos. Por outro lado, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky se mostrou desinteressado em negociar e pediu que Putin seja levado à Corte Criminal Internacional, em Haia, na Holanda, onde há um mandado de busca contra ele.
A recente vitória de Putin nas eleições russas, com uma porcentagem esmagadora de votos, levanta questões sobre o cenário político interno do país. Com poucos concorrentes considerados como meros “fantoches”, a eleição foi marcada por uma repressão implacável que sufocou os meios de comunicação independentes e grupos de direitos humanos.
Neste contexto, o líder da oposição russa, Alexei Navalny, morto em fevereiro, foi homenageado durante a votação. Atos de vandalismo em locais de votação também foram registrados, mostrando um ambiente político tenso.
Enquanto Putin enfrenta desafios internos e externos, a situação na fronteira entre Rússia e Ucrânia continua delicada, com o risco iminente de uma escalada ainda maior no conflito, o que poderia ter repercussões significativas não apenas para a região, mas também para o mundo como um todo.