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Por: Redação/portaldemocrata.com.br
Foto: Reprodução/Freepik
Alisson Borges deixa o cargo em meio a investigações sobre licitações fraudulentas e contratos suspeitos
O escândalo de corrupção na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) continua a chocar a população, com revelações ainda mais alarmantes. Após a renúncia do presidente Alisson Borges, os detalhes da operação que investiga o esquema começam a vir à tona.
A Polícia Civil cumpriu 32 mandados de busca e apreensão no Paço Municipal, em empresas e residências de servidores. A investigação aponta para um conluio entre os envolvidos para vencer licitações, utilizando o método conhecido como “mergulho de preço”. Essa prática fraudulenta excluía outros concorrentes, garantindo contratos milionários.
Descobriu-se que, das cinco licitações sob suspeita de fraude, surgiram 10 contratos em favor dos investigados, totalizando mais de R$ 50 milhões em recebimentos. Esses contratos visavam o fornecimento de materiais para obras de recapeamento da malha asfáltica da Prefeitura de Goiânia.
Um dos aspectos mais perturbadores da investigação foi a falsificação de documentos. As empresas vencedoras das licitações de fornecimento de emulsão asfáltica apresentaram uma certidão falsa de autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para comercializar o produto. O lance oferecido nessas licitações estava abaixo do custo do produto, vendido exclusivamente pela Petrobras, indicando um esquema de superfaturamento.
Os nomes dos envolvidos no núcleo empresarial investigado incluem José Teodoro de Oliveira e sua ex-esposa, Wilma Alves de Sousa, sócios da Comercial J. Teodoro Ltda; e Raimundo Rairton Paulo de Assunção e sua esposa Jakeline Dutra de Aguiar Assunção, sócios administradores das empresas Sobrado Materiais para Construção Eireli e Gyn Comercial e Atacadista Ltda.
A Comurg declarou colaborar integralmente com as investigações, fornecendo acesso aos documentos necessários. Enquanto isso, Alisson Borges, que já planejava deixar o cargo para concorrer nas eleições deste ano, agora enfrenta repercussões ainda maiores por seu envolvimento neste escândalo. A população de Goiânia espera que a justiça seja feita e que os responsáveis por essa fraude sejam devidamente punidos.
Compõe o núcleo de funcionários públicos investigados:
– Alisson Silva Borges (Diretor-Presidente da COMURG)
– Denes Pereira Alves (Secretário Municipal de Infraestrutura Urbana de Goiânia e ex-Secretário Municipal de Administração)
– Edimar Ferreira da Silva (Diretor de Urbanismo da Comurg)
– Adriano Renato Gouveia (Diretor administrativo-financeiro da Comurg)
– Luan Deodato Machado Alves (Presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente)
– Ana Paula Salviano Campos (Pregoeira da Comurg)
– Mônica Luíza Vicznevski (Pregoeira da Comurg)
– Suzana Carneiro de Oliveira (Pregoeira da Comurg)
– Kerley Lanuce Pereira de Araújo (Gestor de Contratos da Comurg)
– Luiz Sávio Dias Cardoso (Fiscal de Contratos da Comurg)
– José Fernandes de Queiroz Júnior (Gestor de Contratos da Comurg)
– Nilton César Pinto (Fiscal de Contratos da Comurg)
– Wellington Alves de Oliveira (Fiscal de Contratos da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana de Goiânia – Seinfra)
– Cleverson Alves Ferreira (Pregoeiro da Semad)
– Hendy Adriana Barbosa de Oliveira (Pregoeira da Comurg)
– Mylenna Francisco Araújo (Pregoeira da Comurg)
– Suziane da Silva Sampaio (Fiscal de Contratos da Amma)
– Elissa Andrade Zago Ribeiro (Fiscal de Contrato da Amma)