Por: Redação/PD
Foto: Marielle Franco, em foto de fevereiro de 2018 — Reprodução/Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP/Arquivo
A notícia que abalou o país em março de 2018, o assassinato da vereadora Marielle Franco, teve um novo capítulo neste domingo, com a prisão de três suspeitos de serem os mandantes do crime. Uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal resultou na detenção dos irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.
A prisão de Rivaldo Barbosa, que assumiu a chefia da Polícia Civil um dia antes do atentado contra Marielle em 13 de março de 2018, levanta questões sérias sobre possíveis interferências nas investigações. Há indícios de que Rivaldo teria combinado com Domingos Brazão para que as investigações não avançassem.
Juntamente com as prisões, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão em locais estratégicos como a sede da Polícia Civil do Rio e o Tribunal de Contas do Estado. Documentos e eletrônicos foram apreendidos para análise pericial, em busca de mais evidências que possam esclarecer o caso.
A motivação por trás do assassinato ainda está sendo investigada, mas informações preliminares apontam para a expansão territorial da milícia no Rio de Janeiro como um dos motivos. O ex-policial militar Ronnie Lessa, que está preso desde 2019 por sua participação como executor do crime, homologou uma delação premiada apontando os mandantes e a motivação por trás do assassinato.
Monica Benicio, viúva de Marielle, esteve presente na Polícia Federal durante a operação. Sua presença é um símbolo da busca incessante por justiça e esclarecimento. Anielle Franco, irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, expressou sua esperança nas redes sociais, dizendo que “hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos”.
Fonte: g1/Globo