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Por: Tatiane Braz /portaldemocrata.com.br
Foto: Reprodução/Morteza Nikoubazl/Getty Images
A tensão entre o Irã e Israel atingiu um novo patamar após o ataque à embaixada iraniana na Síria, que resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária do Irã, incluindo um general. O presidente do Irã prometeu retaliar o ataque, com o líder supremo Ali Khamenei declarando que o regime israelense cometeu um erro que deve ser punido.
De acordo com o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), o Irã possui o segundo maior número de soldados no Oriente Médio, com cerca de 650 mil em seu efetivo, perdendo apenas para o Egito. Este contingente inclui 190 mil combatentes na guarda, uma divisão crucial das forças armadas iranianas. Por sua vez, Israel conta com 177,5 mil combatentes entre Exército, Marinha, Aeronáutica e outras forças, sem incluir os reservistas.
Além disso, relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) indicam que o Irã tem enriquecido urânio a um nível que se aproxima do necessário para produzir uma bomba nuclear, apesar de não haver evidências de que o país tenha armas nucleares.
A reação dos Estados Unidos à situação foi reconhecer a veracidade de um ataque direto do Irã ao território israelense. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, destacou que a ameaça potencial do Irã é considerada real e viável, sem confirmar se os EUA ajudariam a derrubar mísseis iranianos disparados contra Israel.
Enquanto isso, o jornal The Wall Street Journal relatou que Israel pode esperar a retaliação prometida pelo governo iraniano ainda neste final de semana. Em preparação para possíveis ataques, Israel bloqueou o sinal de GPS em algumas regiões para evitar ações de mísseis ou drones.
Com a escalada das tensões, países europeus como Reino Unido, França, Polônia, Alemanha e Rússia emitiram alertas, aconselhando a população a evitar viagens para a região. O Oriente Médio permanece em um estado de alerta, com a comunidade internacional monitorando de perto os desdobramentos dessa crise geopolítica.