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Por: Redação/portaldemocrata.com.br
Foto: Reprodução/NurPhoto/GettyImages Embed
O governo do Paquistão confirmou o bloqueio da plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter, citando preocupações com a segurança nacional durante o período eleitoral em fevereiro. A suspensão foi oficialmente reconhecida pelo Ministério do Interior em um comunicado à Suprema Corte de Islamabad.
A restrição surgiu após relatos de usuários enfrentando dificuldades para acessar a plataforma desde meados de fevereiro, embora não houvesse confirmação oficial até esta quarta-feira (17).
O ministério justificou a proibição alegando a incapacidade do X em cumprir as regras estabelecidas pelo governo paquistanês e em abordar as questões relacionadas ao uso indevido da plataforma. A resistência da empresa em tratar as preocupações levantadas foi destacada no documento.
A decisão de bloquear o X foi descrita pelo ministério como uma ação necessária para proteger a segurança nacional, manter a ordem pública e preservar a integridade da nação. Desde as eleições nacionais de 8 de fevereiro, o acesso à plataforma permanece restrito. O partido do ex-primeiro-ministro Imran Khan, que está atualmente detido, alegou que as eleições foram manipuladas.
Imran Khan, conhecido por sua presença ativa nas mídias sociais e por ser o paquistanês com o maior número de seguidores no X, tem acusado os militares do país de orquestrar sua destituição e de favorecer a formação do governo atual. As autoridades militares negam essas acusações. Khan enfrenta várias condenações, muitas das quais ocorreram pouco antes das eleições.
Apesar do bloqueio, figuras governamentais parecem continuar utilizando o X, provavelmente por meio de VPNs que permitem contornar as restrições. O bloqueio foi baseado em relatórios confidenciais das agências de inteligência e segurança, que indicavam a existência de elementos mal-intencionados utilizando o X para fomentar desordem e instabilidade com o objetivo de desestabilizar o país.
Ativistas de direitos digitais criticaram o bloqueio, sugerindo que ele serve para impedir a responsabilidade democrática e a disseminação de informações em tempo real, especialmente diante de alegações de fraude eleitoral. O caso também levantou preocupações entre grupos de direitos humanos e profissionais de marketing, que veem a medida como uma ameaça à liberdade de expressão e à transparência.