Por: Tatiane Braz
Foto: Destaque /Pedro França/Agência Senado
Investigações abrangem denúncias de manipulação de resultados, incluindo edição de imagens pelo VAR e suspeitas de benefícios a clubes como o Palmeiras
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) tem reiterado em várias entrevistas que a CPI da Manipulação de Jogos no Futebol Brasileiro e das Apostas Esportivas não resultará em “zero a zero”. Ele enfatiza que a palavra “pizza” está fora de questão na Comissão Parlamentar de Inquérito.
A CPI foi instaurada por requerimento do senador Romário (RQS 158/2024) e é presidida por Kajuru, composta por 11 senadores titulares e 7 suplentes, com previsão de duração de 180 dias.
Seu objetivo é investigar denúncias de manipulação de resultados no futebol brasileiro, incluindo jogadores, dirigentes e empresas de apostas. John Textor, dono da SAF do Botafogo, foi o primeiro a denunciar possíveis manipulações no Campeonato Brasileiro da Série A.
Textor foi o primeiro a depor na CPI, entregando documentos, áudios e vídeos que embasam as investigações. Kajuru assegura que todas as denúncias estão sendo investigadas dentro do devido processo legal.
Uma das denúncias em investigação é a manipulação de imagens pelo VAR em um jogo do Brasileirão. A árbitra de vídeo, Daiane Caroline Muniz dos Santos, também será ouvida.
Textor acusa o Palmeiras de ser beneficiado em uma partida contra o São Paulo, citando um relatório da Good Game que apontou comportamento estranho de jogadores do Tricolor. Kajuru comentou sobre o jogo, destacando lances suspeitos.
A CPI volta a se reunir para ouvir representantes da CBF, incluindo o diretor de Governança e Conformidade, Hélio Santos Menezes Júnior, e o diretor de Competições, Júlio Avellar. Também será ouvido o oficial de Integridade da CBF, Eduardo Gussem. Romário, relator da CPI, defende que a CBF receba regularmente relatórios sobre partidas suspeitas e busca informações sobre o tratamento dado a esses relatórios.