Por: Redação/PD
Foto destaque: Reprodução/Pedro França/Agência Senado
Na última terça-feira, o senador Jorge Seif (PL-SC) utilizou o plenário do Senado Federal como palco para um pedido de desculpas aos seus eleitores. O motivo? Sua presença no show da icônica cantora Madonna, ocorrido na Praia de Copacabana no último sábado, 4 de maio.
Seif, conhecido por sua posição alinhada ao ex-presidente, explicou que sua ida ao evento se deu a pedido de sua esposa, e que não esperava testemunhar cenas que, em sua visão, não condizem com os “valores judaico-cristãos”.
“Eu fui a um show, o qual não reflete alguns dos nossos valores, e percebi que decepcionei algumas pessoas. Quando nos conscientizamos de que erramos e decepcionamos os outros, é nosso dever seguir o ensinamento da Bíblia Sagrada e pedir perdão”, afirmou Seif em seu discurso no Senado.
Segundo o senador, a presença de Madonna no contexto da tragédia que assolou o Rio Grande do Sul foi motivo de desapontamento para seus eleitores catarinenses. “Nós representamos valores, bandeiras e temos posições, e no último sábado, decepcionei meu eleitorado”, destacou.
A presença de Seif no show da rainha do pop não foi isolada entre aliados políticos do ex-presidente. Além dele, outros parlamentares, como o governador Cláudio Castro (PL), financiador do evento, o advogado e ex-assessor presidencial Fábio Wajngarten, e o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, estiveram presentes.
Entretanto, a participação de representantes bolsonaristas no evento gerou críticas entre alguns setores. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi especialmente veemente em suas declarações, chegando a classificar Madonna como “satanista” e criticando a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por agradecer uma homenagem feita a ela durante o show da cantora.
Além das críticas públicas, o senador Jorge Seif enfrenta uma batalha no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde é julgado por uma acusação de abuso de poder econômico durante as eleições de 2022. O desfecho desse julgamento permanece em aberto, após o relator do processo, ministro Floriano de Azevedo Marques, solicitar mais provas antes de decidir o destino político do senador catarinense.