Por: Redação/PD
Foto: Reprodução/MPGO
Um major, foi vítima de um pesadelo que se desenrolou durante um curso do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Goiás. As consequências? Uma lesão neurológica grave, um coma profundo e uma batalha contra sequelas renais, tudo como resultado de atos terríveis de tortura.
O Ministério Público, busca pela verdade, expôs uma teia de crueldade perpetrada por sete policiais militares, cujas ações estão agora sob a lupa implacável da justiça. Liderados pelo Coronel Joneval Gomes de Carvalho Júnior, esses indivíduos enfrentam acusações que abalam a confiança pública: tentativa de homicídio qualificado e tortura, entre outros crimes atrozes.
O curso, inicialmente concebido como uma jornada de treinamento, transformou-se em um caldeirão de abusos e sofrimento. Desde os exercícios extenuantes até as agressões físicas e psicológicas, o major e seus colegas foram submetidos a um verdadeiro inferno na terra. Flexões, polichinelos, tapas, xingamentos – a lista de horrores é interminável.
A persistência e a hierarquia do major tornaram-no alvo de uma crueldade ainda mais intensa. Seus instrutores, incapazes de aceitar sua resistência, elevaram o grau de tortura na vã esperança de quebrar sua determinação. E, quando sua saúde vacilou, em vez de agir com humanidade e cuidado, optaram por um pacto de silêncio, escondendo a verdade de sua família e da sociedade.
O horror atingiu um ponto crítico quando o major foi submetido a um “mergulho” noturno, supostamente para aliviar suas lesões. No entanto, sua condição só piorou, culminando em um colapso que o deixou à beira da morte. E mesmo nesse momento, seus agressores optaram pela mentira e pela omissão, em vez da compaixão e da responsabilidade.
A descoberta da família, envolta em uma névoa de enganos e falsidades, revela a extensão do encobrimento. Notícias foram filtradas através de canais obscuros, enquanto a verdadeira condição do major permanecia obscurecida pelo véu da mentira. Se não fosse pela vigilância incansável de alguns, a tragédia poderia ter sido enterrada na impunidade.
Hematomas no corpo de major da PM após curso do Bope, em Goiás — Foto: Reprodução/MPGO