Por: Redação/PD
Foto: Reprodução/Reuters/Adriano Machado
Um homem de 67 anos morreu por leptospirose no município de Travesseiro, no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (17/5). Outras três pessoas estão recebendo tratamento para a doença na cidade. Segundo o Ministério da Saúde, a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira.
A explosão de casos de leptospirose no Rio Grande do Sul, resultante das recentes enchentes, é uma grande preocupação para o estado. “A gente vem monitorando. Estamos com uma estratégia ampla de distribuição da medicação contra a leptospirose para que esteja nos municípios. Haverá casos, mas o que não queremos é a hospitalização e o óbito. Há o risco de se contaminar quando a água recua e deixa a lama. Por isso, a ameaça de transmissão não é somente no momento da enchente, mas também ao se retornar à casa para limpá-la,” disse Roberta Vanacor, chefe da Vigilância Epidemiológica, ao Correio Brasiliense.
O período de incubação da doença, ou seja, o intervalo entre a transmissão da infecção e o início dos sintomas, pode variar de 1 a 30 dias, normalmente ocorrendo entre 7 e 14 dias após a exposição a situações de risco.
“A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas e um risco de letalidade que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos,” informou o Ministério da Saúde.
Com a situação crítica no estado, autoridades de saúde continuam monitorando os casos e reforçando a distribuição de medicamentos para prevenir novas infecções e complicações graves.