Por: Redação/PD
Foto: Reprodução/Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação de quatro dos cinco acusados pelo assassinato do radialista Valério Luiz, morto em 2012 em Goiânia. O recurso da defesa do empresário Maurício Sampaio, que tentava anular a sentença, foi rejeitado. Além de Sampaio, as condenações de Ademá Figueredo, Urbano Malta e Marcus Vinícius Pereira Xavier foram confirmadas. Djalma da Silva foi absolvido no julgamento de 2022.
O advogado Ricardo Naves, que representa Sampaio, Figueredo e Malta, anunciou que ainda recorrerá em outras instâncias. “Ontem, foi julgado apenas um habeas corpus para anular o processo e o julgamento. Os recursos mais importantes estão no Tribunal de Justiça de Goiás e, se negados, serão levados ao STJ e ao STF”, afirmou.
O advogado de Marcus Vinícius, Rogério de Paula, também planeja entrar com recursos, afirmando que seu cliente responderá em liberdade até que todos os recursos sejam esgotados.
O julgamento realizado na terça-feira (21) resultou na nova decisão da ministra Daniela Teixeira, que reverteu um veredito anterior que favorecia Maurício Sampaio. Este recurso tentava anular um interrogatório de Marcus Vinícius realizado em 2015, o que poderia invalidar todo o julgamento subsequente.
Valério Luiz Filho, advogado e filho do radialista, explicou a decisão ao g1: “Esse habeas corpus buscava anular uma audiência de 2015, o que invalidaria tudo que veio depois, inclusive o júri. Agora, as condenações foram mantidas.”
O processo judicial se arrasta desde 2012, quando Valério Luiz foi assassinado enquanto saía da emissora de rádio onde trabalhava. A motivação do crime foi atribuída às críticas que o jornalista fazia à direção do Atlético-GO, time presidido por Sampaio na época.