Por: Redação/PD
Foto destaque: Reprodução/Nelson Almeida/Getty Images Embed
Com as chuvas de quinta-feira (23), Canoas voltou a enfrentar cheias, agravando a situação de uma cidade já abalada pelas inundações no início de maio. O sistema de drenagem severamente comprometido deixou os moradores lutando contra novos alagamentos e um aumento nas doenças transmitidas por animais, levando a uma mobilização de protesto.
Falhas na drenagem e protestos
Na quinta-feira (23), o bairro Niterói em Canoas, que ainda se recuperava das inundações anteriores, voltou a enfrentar alagamentos. A chuva intensa e o nível elevado do Rio Gravataí impediram o funcionamento adequado das bombas de drenagem, agravando a situação. “Vai vir mais chuva ainda, gente. O inverno está vindo. Como a gente vai viver com essa chuvarada? Tem que dar um jeito nessas bombas,” disse a moradora Lisiane Machado Azeredo ao G1.
A insatisfação dos moradores culminou em um protesto nesta sexta-feira (24), com o bloqueio da BR-116. Eles exigiram mais rapidez no bombeamento da água acumulada nos bairros. Guilherme Molin, superintendente de Infraestrutura, explicou que o sistema de bombeamento é prejudicado pela cheia do Rio Gravataí, comprometendo a capacidade de drenagem.
Aumento de doenças e medidas adotadas
A crise das enchentes em Canoas não apenas desalojou milhares de pessoas, mas também aumentou os casos de doenças transmitidas por animais, como a leptospirose. O estado do Rio Grande do Sul já registrou quatro mortes pela doença. A prefeitura de Canoas formou uma força-tarefa para lidar com o problema, especialmente no resgate e tratamento de animais afetados.
Os abrigos que acolhem cerca de 1,2 mil cães receberam reforço do Grupo de Resposta a Animais em Resgate (Gras Brasil) e do Instituto Caramelo para evitar a disseminação de doenças. Além disso, a prefeitura planeja contratar 60 tratadores e veterinários para melhorar a assistência nos abrigos.
A mobilização e as medidas adotadas buscam mitigar os impactos das enchentes e garantir melhores condições de vida para os moradores e seus animais de estimação, enquanto a cidade trabalha para solucionar as falhas em seu sistema de drenagem e evitar futuras crises.