Por: Redação/PD
Foto: Reprodução
Igor Porto Galvão, fisiculturista de 31 anos, preso por suspeita de agredir e causar a morte de sua esposa, Marcela Luise de Souza, em Aparecida de Goiânia, afirmou ter sofrido agressões na Unidade Central Regional de Triagem. Segundo informações do Metrópoles e confirmadas ao Mais Goiás pela defesa, Igor relatou ter recebido socos e chineladas, além de ser orientado a dizer que caiu da cama durante o atendimento médico. Fotografias das lesões foram anexadas à sua declaração à Corregedoria da Polícia Penal.
O incidente teria ocorrido em 21 de maio, quatro dias após sua prisão. Igor também alegou que as ameaças começaram um dia antes, e que um servidor teria utilizado um cano de espingarda nas agressões. Em resposta, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGPP) informou que foi aberto um procedimento administrativo para apurar a denúncia.
Thiago Marçal, advogado de Igor, afirmou que seu cliente foi agredido por quatro policiais penais e que todas as providências cabíveis foram tomadas pelo superintendente de Segurança, garantindo a segurança do detento.
O Caso de Marcela Luise de Souza
Marcela foi internada em 10 de maio em um hospital particular de Aparecida de Goiânia, levada pelo próprio marido, e faleceu dez dias depois devido a várias agressões. Igor afirmou inicialmente que a esposa havia se machucado ao cair enquanto limpava a casa. No entanto, os médicos acionaram a polícia ao constatar que os ferimentos, incluindo traumatismo craniano e múltiplas fraturas, não eram compatíveis com uma queda acidental.
Com base nas evidências, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária de Igor, que foi convertida em preventiva após audiência de custódia. Após a morte de Marcela em 20 de maio, a delegada Bruna Coelho confirmou que Igor responderá por feminicídio consumado.
Defesa Contesta Prisão Preventiva
A defesa de Igor Porto Galvão lamentou a morte de Marcela Luise e afirmou que continuará se manifestando apenas em relação às investigações. O advogado Thiago Marçal argumenta que não há justificativa para a prisão preventiva, destacando que Igor possui profissão lícita, endereço fixo, e não interferiu nas investigações. A defesa planeja solicitar a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, considerando que os requisitos para a manutenção da prisão não estão presentes.