Por: Redação/PD
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Um recente relatório divulgado pelo MapBiomas lança luz sobre a alarmante realidade do desmatamento no Brasil nos últimos cinco anos. Os números revelam uma perda significativa de vegetação nativa, com mais de 8,56 milhões de hectares desmatados, sendo mais de 85% desse total concentrado na Amazônia e no Cerrado.
A agropecuária surge como o principal fator impulsionador desse cenário preocupante, responsável por mais de 97% da perda de vegetação nativa nesse período. Outros elementos, como garimpo, eventos climáticos extremos, expansão urbana e projetos de energia solar e eólica na Caatinga, também contribuem para esse quadro devastador.
Em 2023, houve uma leve diminuição no desmatamento em comparação com o ano anterior, com uma redução de 11,6%. No entanto, a devastação ainda persiste, com mais de 1,8 milhão de hectares de vegetação nativa destruídos. A Amazônia apresentou uma diminuição de 62,2% no desmatamento, enquanto o Cerrado viu um aumento de 67,7%.
O Pantanal registrou um aumento alarmante de 59,2% no desmatamento, enquanto a Caatinga viu uma elevação de 43,4%. Por outro lado, a Mata Atlântica e o Pampa apresentaram reduções nos índices de desmatamento, destacando a importância de esforços de conservação nessas regiões.
É preocupante notar que mais de 93% da área desmatada em 2023 ocorreu com indícios de irregularidade, sem autorização ou dentro de territórios protegidos. O desmatamento em Unidades de Conservação teve uma redução de 53,5% em relação a 2022, enquanto as Terras Indígenas viram uma diminuição de mais de 27%.
A análise por estado revela disparidades alarmantes. Enquanto alguns estados, como Paraná, Rondônia e Acre, apresentaram reduções significativas no desmatamento, outros, como Maranhão, Tocantins e Goiás, viram aumentos expressivos. Cinco estados – Maranhão, Bahia, Tocantins, Pará e Mato Grosso – compreendem 65,5% de todo o desmatamento no país em 2023.
Diante desse cenário, é crucial que medidas eficazes sejam implementadas para combater o desmatamento e garantir a preservação dos nossos recursos naturais. A conscientização, a fiscalização rigorosa e a promoção de práticas sustentáveis são fundamentais para reverter essa tendência preocupante e proteger a biodiversidade brasileira para as futuras gerações.