Por: Redação/PD
Foto: Reprodução/PC
A prisão de Carlos César Savastano Toledo, ex-presidente do DEM (atual União Brasil) de Anápolis. Conhecido como Cacai Toledo, ele foi detido pela Polícia Civil de Goiás nesta segunda-feira (3) em Brasília, Distrito Federal. Toledo se tornou réu pela morte do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, após a Justiça de Goiás aceitar a denúncia do Ministério Público pelo crime de homicídio qualificado.
De acordo com a Polícia Civil, Fábio Escobar foi assassinado em um ato de vingança após denunciar desvios de dinheiro na campanha eleitoral de 2018, coordenada por Cacai Toledo. A defesa de Toledo, no entanto, alegou em fevereiro deste ano à imprensa não há indícios de que ele seja o autor do crime, afirmando que a investigação foi concluída sem que todos os elementos necessários fossem checados.
A defesa de Toledo, representada pelo advogado Demóstenes Torres, declarou que estavam cooperando com as autoridades competentes para a apresentação de Carlos César Savastano de Toledo, com a única exigência de garantir sua segurança. Segundo Torres, Toledo teme “os verdadeiros mandantes do crime praticado contra Fábio Escobar” (veja a nota completa ao final da reportagem).
As circunstâncias da prisão não foram divulgadas pela Polícia Civil. A detenção foi realizada pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), em operação conjunta com a Superintendência de Inteligência da Polícia Civil e a Inteligência da Secretaria da Segurança Pública de Goiás. Mais informações serão fornecidas em uma coletiva de imprensa marcada para terça-feira (4).
O Caso Fábio Escobar
As investigações da Polícia Civil concluíram que Fábio Escobar foi assassinado no dia 23 de junho de 2021 por vingança, após denunciar desvios de dinheiro na campanha eleitoral de 2018 de Cacai Toledo, então presidente do Democratas em Anápolis.
Toledo foi coordenador da campanha política do Democratas ao governo do estado em 2018 e, com a eleição de Ronaldo Caiado, foi nomeado diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego). Em 2020, ele foi preso por suspeita de fraudes em licitações na companhia e acabou perdendo o cargo.
Fábio Escobar, que trabalhou com Toledo durante a campanha de 2018, começou a denunciá-lo publicamente no ano seguinte, alegando desvios de dinheiro. Em um dos vídeos, Escobar mostrou o momento em que devolveu R$ 150 mil, quantia que, segundo ele, teria recebido de Toledo como suborno para que parasse com as denúncias. As desavenças entre os dois culminaram no assassinato de Escobar, conforme apontam as investigações.
A Polícia Civil e os órgãos envolvidos continuam trabalhando para esclarecer todos os detalhes do caso, enquanto a defesa de Cacai Toledo busca demonstrar sua inocência perante as acusações.
Nota da defesa de Carlos César Savastano de Toledo:
“Estamos em pleno acordo com as autoridades competentes para apresentar Carlos César Savastano de Toledo. A única exigência sempre foi de que sua vida fosse protegida. Nosso cliente teme ‘os verdadeiros mandantes do crime praticado contra Fábio Escobar’. Continuaremos a lutar para que a justiça seja feita e para que todos os elementos do caso sejam devidamente verificados.”