Por: Redação/PD
Foto: Destaque/Marcello Casal Jr
Um PIB movido a sonhos, conquistas e apertos de mão. A economia do país pegou carona no carro do advogado Pedro Maia e de muitos outros brasileiros que começaram o ano repetindo esse gesto.
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país em um determinado período, avançou 0,8% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi ainda mais significativo, com um aumento de 2,5%.
O setor de serviços foi um dos principais responsáveis por esse desempenho, crescendo 1,4% de um trimestre para o outro. Dentro desse setor, o comércio teve um destaque especial, com crescimento de 3%, impulsionado pela venda de bens duráveis, como o carro de Pedro.
“A economia brasileira é tão complexa quanto o trânsito de uma grande cidade. Muitos fatores precisam se combinar para que os carros e o PIB sigam em frente a acelerando”, diz Silvia Matos, economista do FGV IBRE. Ela destaca que a retomada do crédito, especialmente para aquisição de veículos, foi facilitada por uma pequena redução na taxa de juros.
Com inflação menor e juros mais baixos, Pedro conseguiu trocar de carro e financiamento, exemplificando a influência dessas variáveis econômicas no consumo das famílias, que aumentou 1,5% no período.
A agropecuária também contribuiu significativamente, com um crescimento robusto de 11,3%. Em contraste, a indústria ficou praticamente estável, com uma leve queda de 0,1%. No entanto, quando comparada ao mesmo período de 2023, a indústria apresentou um aumento de 2,8%, puxada pela produção de alimentos e bebidas.
A FGV Agro destaca que investimento e crescimento econômico estão fortemente interligados. A indústria de transformação, em particular, sentiu um aumento na demanda, incentivando a expansão da capacidade de produção, como ilustrado pela empresa que planeja dobrar sua produção de pãezinhos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o resultado do PIB está alinhado com as previsões do governo, mantendo a projeção de crescimento anual de 2,5%. No entanto, ele também mencionou que o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul está sendo avaliado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o resultado, destacando o papel do consumo das famílias e do setor de serviços no desempenho econômico. Ele também mencionou a revisão positiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento do Brasil, o que deve elevar o país para a oitava posição entre as maiores economias do mundo.