Por: Redação
Foto: Reprodução/Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Durante um evento do Plano Nacional de Educação (PNE) na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) em 24 de maio, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) fez um discurso que gerou grande polêmica ao comparar os nordestinos a “galinhas depenadas” que recebem “migalhas” dos governos de esquerda em troca de apoio político. A fala ganhou ampla repercussão no domingo, 9 de junho, ao circular nas redes sociais.
No vídeo que viralizou, Gayer utilizou uma parábola sobre o ex-primeiro-ministro da União Soviética, Josef Stalin. Ele narrou que Stalin teria depenado e ferido uma galinha, mas depois oferecido migalhas, fazendo com que o animal retornasse e confiasse no agressor. O deputado afirmou: “Eles estão fazendo com o Nordeste o que Stalin fez com a galinha”.
Gayer prosseguiu, dizendo que a “história representa o que a esquerda faz com o Brasil, principalmente o que a esquerda faz com o Nordeste”. Ele questionou: “Como eles conseguiram colocar essa população maravilhosa nesse calabouço ideológico? É só olhar para o Ideb da Bahia, é só olhar para o Ideb do Nordeste. O nível de analfabetização daqui, do Maranhão, dos estados do Nordeste”.
Segundo Gayer, os governos de esquerda oferecem apenas auxílios mínimos, como cestas básicas e pequenos valores em dinheiro, para garantir o apoio das pessoas. “A gente tenta falar para as pessoas e elas dizem ‘não é. Ele me dá cesta básica, o governo me deu R$ 300’. Estão dando migalhas para uma população cada vez mais depenada”, declarou.
A analogia gerou uma onda de críticas e defesas nas redes sociais. Muitos consideraram a comparação desrespeitosa e simplista, afirmando que ela ignora as complexidades socioeconômicas da região. Outros, no entanto, apoiaram a crítica de Gayer às políticas de assistência social dos governos de esquerda, argumentando que elas mantêm a população em uma situação de dependência.
A declaração de Gustavo Gayer ressalta a polarização política no Brasil e a sensibilidade em torno das questões regionais e das políticas de assistência social. Enquanto alguns veem nas palavras do deputado uma crítica válida, outros enxergam um discurso desrespeitoso e reducionista.