Um polícia penal e um amigo são suspeitos de agredir uma mulher na porta de uma distribuidora de bebidas, em Senador Canedo. Em um vídeo divulgado pelas câmeras de segurança do local, mostram os dois homens partindo para cima da vítima. À Polícia Militar, a mulher contou que as agressões aconteceram após ela ter rejeitado as investidas amorosas de ambos.
No vídeo flagrado, o policial e o seu amigo aparecem conversando e bebendo na porta da distribuidora de bebidas. Segundo o G1, o amigo pediu ao policial que o emprestasse a arma para que ele pudesse dar um tiro. Contudo, o agente teria questionado o amigo e tido que já paga R$ 16,5 mil para “se livrar de duas tentativas de homicídio”.
Porém, ao longo da conversa, o policial saca a arma, atira para o alto e a empresta ao colega. Neste interim, a mulher chega no local e é abordada pelo policial. Ao chegar nela, o agente teria pedido que ela os levassem para uma festa. Durante a filmagem, a mulher teria negado os pedidos do policial e olha para o celular.
Ao conseguir pegar a bebida para ir embora, a mulher é cercada pelos dois homens que iniciam as agressões. Pelas imagens é possível ver o policial tirando a arma da cintura e a utilizando para ameaçar a mulher. Mostrando nervosismo, os dois dão chutes e socos. Temendo pela sua vida, a mulher chega a pedir calma aos homens.
Repercussão do caso
O caso aconteceu na madrugada da última terça (11). Quando a mulher, que não teve seu nome revelado, foi até a distribuidora para comprar bebidas, ela acabou sendo abordada por Eirvan Valcley de Jesus Valadão (policial penal), além do seu amigo Marcos Vinícius Souza Mesquita.
“[Os suspeitos] queriam que a solicitante [mulher] ficasse com eles e, ao negar, os indivíduos a agrediram com vários socos. Também estavam armados com arma de foco e deram disparos para cima”, diz o boletim de ocorrência.
Em nota, a Diretoria-Geral da Polícia Penal (DGPP) disse que o policial estava de folga e que abriu um procedimento administrativo para apurar o caso. Por outro lado, a defesa do agente Eirvan disse que não dará declarações até que tenha acesso aos autos do processo. Já a defesa de Marcos Vinicius, amigo do policial, não se pronunciou até o fim desta reportagem.