Por: Redação
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A Polícia Federal anunciou a prisão do ex-CEO da Americanas S.A., principal investigado na Operação Disclosure, deflagrada no dia 27 de junho. A detenção ocorreu na manhã de 28 de junho, em Madri, capital da Espanha, graças a uma ação coordenada com a Interpol. O nome do ex-executivo não foi revelado. A prisão preventiva é fruto de uma cooperação internacional iniciada pelo Núcleo de Cooperação Internacional da PF no Rio de Janeiro (NCI/Interpol/RJ), que incluiu o nome do ex-CEO na lista de Difusão Vermelha da Interpol.
Além disso, uma ex-diretora da Americanas permanece foragida no exterior.
Os ex-diretores são acusados de envolvimento em fraudes contábeis que totalizam R$ 25,3 bilhões, segundo a Polícia Federal. Na quinta-feira, 27 de junho, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 500 milhões, autorizados pela Justiça.
As investigações contaram com a colaboração da atual diretoria do grupo Americanas, bem como do Ministério Público Federal (MPF) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De acordo com a Polícia Federal, os ex-diretores praticaram fraudes contábeis relacionadas a operações de risco sacado, uma prática onde a varejista consegue antecipar pagamentos a fornecedores por meio de empréstimos bancários. Também foram detectadas fraudes envolvendo contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), contabilizando incentivos comerciais que, na verdade, não existiam.
Em nota, o grupo Americanas reforçou sua confiança nas autoridades que investigam o caso e afirmou ter sido vítima de uma fraude de resultados cometida pela antiga diretoria. A empresa destacou que os ex-diretores manipularam intencionalmente os controles internos existentes. “A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos”, concluiu a nota.