Por: Redação
Foto: Reprodução/Google Maps
Nesta terça-feira, uma operação intitulada “Dura Lex, Sed Lex,” coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás e pela Polícia Civil, teve como alvos um juiz da comarca de Silvânia, assessores e advogados. As ações fazem parte de uma investigação originada de denúncias analisadas pela Corregedoria-Geral da Justiça e o Núcleo de Inteligência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).
A operação, autorizada judicialmente, incluiu medidas cautelares como busca e apreensão, e surgiu após denúncias contra o juiz Adenito Francisco Mariano Júnior, titular da comarca de Silvânia. Os indícios coletados nas investigações apontam para possíveis crimes envolvendo o magistrado, seus assessores, advogados e um contador.
A desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo, relatora do processo, determinou o afastamento do juiz Adenito e de dois de seus assessores. Além disso, foi ordenado o uso de tornozeleiras eletrônicas, a realização de buscas em várias localidades, e a indisponibilidade de bens dos envolvidos.
O TJGO assegurou que a operação seguiu todos os procedimentos legais, com o acompanhamento de magistrados, membros do Ministério Público, Polícia Civil e representantes da OAB-GO, que também destacou a importância de garantir os direitos e a presunção de inocência dos advogados investigados.
Para garantir a continuidade dos serviços judiciais em Silvânia, o juiz Fábio Borsato, de Goiânia, foi designado para responder interinamente pela comarca. A Corregedoria-Geral da Justiça também enviará uma força-tarefa para realizar uma inspeção extraordinária na região.
A decisão judicial que embasou a operação foi tornada pública, após a relatora do caso levantar o segredo de justiça, permitindo a transparência do processo.