Por: Redação
Foto: Amma
A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) identificou a soltura de cerca de dois mil peixes exóticos no lago do Parque Antônio Wagno Codó, no setor Parque das Flores, e autuou o responsável em R$ 50 mil. O caso foi encaminhado para instauração de inquérito policial por parte da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) e análise da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semad), tendo em vista que o lago onde a soltura clandestina foi realizada possui vazante para o Rio Meia Ponte.
De acordo com o relatório técnico do órgão ambiental competente foi possível identificar algumas das espécies soltas no lago, como a carpa (Cyprinus carpio), pirarara (Phractocephalus hemioliopterus), tilápia (Oreochromis niloticus e Coptodon rendalli) e pintado real (espécie híbrida), entre outras espécies, todas exóticas, considerando a bacia hidrográfica de Goiânia.
De acordo com a Gerência de Proteção e Manejo da Fauna, as solturas indevidas podem causar o declínio das populações locais, com a provocação de competição entre as espécies, e o desequilíbrio do ecossistema, alterando o pool genético das populações, afetando a proteção da diversidade genética e morfológica dos estoques, além da gestão do ecossistema, respeitando a capacidade de suporte e recomposição da área.
As placas nos 25 parques públicos de Goiânia que possuem lago já alertam sobre a proibição de nadar e pescar, com base na legislação do Plano Diretor de Goiânia, instituído pela Lei Complementar Municipal 349/2022, e pelo Decreto Federal 6514/2008. Além disso, a Amma orienta que é proibido realizar solturas de animais nos parques da cidade, e que a ação pode provocar dano ambiental.
Todos os 25 lagos em parques de Goiânia são monitorados pelo órgão ambiental. O manejo das espécies é indicado apenas quando há realmente riscos ao meio ambiente.
Homem é autuado em R$ 50 mil pela Fiscalização Ambiental por soltura de peixes no lago do Parque das Flores