Opositor do regime de Maduro na Venezuela, Edmundo González sai da embaixada da Espanha e é considerado foragido
Por: Redação
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De acordo com o vice-presidente Delcy Rodriguez, em postagem no Instagram no fim da noite deste sábado (07), Edmundo González deixou o país. Candidato da oposição e que concorreu contra Maduro nas eleições de julho, na Venezuela, estaria temendo pela sua vida. Porém, o vice-presidente de Maduro só afirmou que González havia saído da embaixada da Espanha, onde ele estava buscando asilo.
Escondido há mais de um mês, Edmundo González era considerado foragido. Assim, temendo ser preso pelo governo de Maduro, ele afirmou em uma carta enviada ao Ministério Público que não ia se apresentar. De acordo com Edmundo, o processo contra ele não tem fundamento legal.
Quem é Edmundo González?
Político e diplomata venezuelano, Edmundo González Urrutia tem 75 anos e foi o candidata da oposição na eleição presidencial venezuelana deste ano. Além disso, o grupo garante que venceu as eleições com ampla vantagem, chegando a 67%, com base nas atas impressas pelas urnas eletrônicas.
Ainda mais, a oposição também publicou cerca de 80% das atas eleitorais em um site, o que comprovaria a vitória de González. Ao receber os documentos, a ONU (Organização das Nações Unidas) apontou que os resultados divulgados pela chapa de González são verdadeiros.
Entretanto, apesar da contestação, as autoridades eleitorais da Venezuela anunciaram que Nicolás Maduro venceu o pleito e conseguiu a reeleição. Em relação as atas, o Ministério Público disse que os documentos são falsos e pediu a prisão de Edmundo González.
Controlado por Maduro, Ministério Público da Venezuela pede prisão de González
De acordo com o MP da Venezuela, González é investigado por crimes como usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa. O órgão, que é aliado do presidente Maduro e é controlado por chavistas, disse que Edmundo González ignorou três intimações para prestar depoimento.
Atual líder da oposição, María Corina Machado vem sendo investigada pelo Ministério Público. Na quinta-feira (5) ela se responsabilizou pela publicação das atas eleitorais em um site.