Bombardeio em subúrbio de Beirute destrói prédios e gera incertezas sobre o destino do líder do Hezbollah, com o número de mortos aumentando em meio ao conflito
Por: Redação
Foto: Reprodução/Ibrahim AMRO/AFP
Na tarde desta sexta-feira, 27 de setembro de 2024, um ataque aéreo israelense atingiu o bairro de Haret Hreik, ao sul de Beirute, deixando um cenário de devastação e incertezas. Seis prédios foram completamente destruídos, e os números preliminares indicam cerca de 300 mortos. O alvo principal do bombardeio seria o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, mas seu paradeiro ainda é desconhecido, alimentando dúvidas sobre sua possível morte.
Nasrallah, que comanda o grupo xiita desde 1992, estaria em um edifício identificado por Israel como quartel-general do Hezbollah. Caso sua morte seja confirmada, o impacto político e militar no conflito pode ser significativo, levando a uma intensificação das hostilidades. As estimativas israelenses indicam que o número de mortos no conflito com o Hezbollah, em apenas cinco dias, já se aproxima de mil.
“Foi a maior explosão que já sentimos”, relatou Sara Ali Melhem, uma farmacêutica brasileira que fugiu do sul do Líbano. O bombardeio ocorreu por volta de 12h30, horário local, e testemunhas afirmam que pelo menos dez bombas foram lançadas na área.
A escalada de violência ameaça a já frágil estabilidade do Líbano e do Oriente Médio. Em resposta, o Exército libanês foi mobilizado para proteger a Embaixada dos EUA em Beirute, temendo possíveis retaliações. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, advertiu que os Estados Unidos estão preparados para defender seus interesses na região.
O Irã, aliado do Hezbollah, não confirmou a morte de Nasrallah, mas declarou que Israel “cruzou uma linha vermelha”, prometendo vingança. A situação se agrava, colocando a região em um estado de alerta máximo, com o risco de uma guerra de maiores proporções e a participação de outros atores internacionais no conflito.