Ministro Alexandre Silveira confirma que mudança no horário só voltará a ser discutida em 2025
O Ministério de Minas e Energia anunciou que o horário de verão não será reintroduzido em 2024. A decisão, comunicada nesta quarta-feira (16) pelo ministro Alexandre Silveira, ocorreu após análise de estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que não indicaram benefícios significativos na economia de energia. O governo planeja reavaliar a possibilidade para 2025.
Segundo Silveira, a medida foi discutida diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de ser anunciada. “Após nossa última reunião com o ONS, concluímos que não é necessário instituir o horário de verão neste ano”, explicou o ministro durante coletiva de imprensa em Brasília.
Em setembro, o ONS havia recomendado a reativação do horário de verão como uma estratégia para mitigar o pico de consumo entre o fim da tarde e o início da noite. No entanto, a situação energética do país melhorou com as chuvas de outubro, que superaram as expectativas e ajudaram a estabilizar os reservatórios das hidrelétricas, afastando o risco de escassez. Além disso, a falta de tempo para que setores econômicos se ajustassem ao adiantamento de uma hora no relógio pesou na decisão do governo.
Apesar de ser um defensor da medida, o ministro destacou que qualquer decisão sobre o horário de verão para 2025 será tomada com base em novos estudos. “É uma política que deve ser considerada sempre de forma ampla, sem se restringir a aspectos políticos ou pragmáticos”, afirmou Silveira.
O horário de verão foi adotado no Brasil pela primeira vez em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, e teve sua última aplicação em 2018. A prática foi suspensa em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, que considerou estudos apontando a baixa economia energética proporcionada pela mudança.