Amber Carling, de 27 anos, alega sequelas físicas e emocionais graves após o incidente, ocorrido em 2020, em uma propriedade de alto padrão em Nottinghamshire, Reino Unido
Amber Carling, uma tratadora de cavalos de 27 anos, entrou com um processo de R$ 7 milhões contra a Caunton Manor Equestrian LLP, um conceituado estábulo localizado em Nottinghamshire, após ser vítima de um acidente que transformou sua vida. Em novembro de 2020, enquanto trabalhava nas instalações do estabelecimento, ela foi atingida no rosto por um coice de cavalo, o que lhe causou a perda de 13 dentes e múltiplas fraturas no maxilar, além de deixá-la inconsciente.
O incidente ocorreu quando Amber estava conduzindo o animal para fora do celeiro usando uma corda. Segundo documentos apresentados ao Tribunal Superior de Londres, o cavalo repentinamente se afastou dela, girando e acertando-lhe um coice que a derrubou no chão, resultando em hematomas na cabeça e sérias lesões faciais. A tratadora alega que desde o acidente sofre com dificuldades na fala, mastigação e deglutição, além de carregar cicatrizes visíveis no lábio inferior e no queixo.
Além das consequências físicas, o impacto emocional também tem sido devastador. Amber foi diagnosticada com depressão moderada e transtorno de estresse pós-traumático, afirmando que o incidente comprometeu sua qualidade de vida e capacidade de trabalho. Seus advogados argumentam que ela ficou incapaz de desempenhar suas atividades profissionais com a mesma eficiência e que o trauma abalou profundamente sua autoconfiança e vida social.
A Caunton Manor Equestrian LLP é propriedade do empresário John Peace, ex-presidente da marca de moda Burberry, do banco Standard Chartered e da empresa de análise de dados Experian. Com uma fortuna estimada em cerca de R$ 456 milhões, Peace e sua família estão contestando o valor da indenização exigida por Amber, alegando que a quantia solicitada é excessiva.
No entanto, a defesa de Amber sustenta que o valor requerido é adequado, dado o impacto severo e duradouro do acidente em sua saúde física e mental. “Ela continua lidando com as limitações impostas pelas sequelas, além do sofrimento emocional diário”, declararam os advogados da vítima.
O caso ainda está em julgamento, e o Tribunal Superior de Londres deverá decidir se a tratadora receberá a indenização milionária que pleiteia, enquanto o acidente lança luz sobre a segurança e as responsabilidades em ambientes de trabalho com animais de grande porte.
Por: Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais