Disputa por R$ 10 milhões e relacionamento extraconjugal apontados como principais motivações
A cirurgiã plástica Daniele Barreto foi presa no dia 12 de novembro, acusada de orquestrar a morte do marido, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior. O crime ocorreu em 18 de outubro, em Aracaju, Sergipe, quando Lael foi emboscado e baleado enquanto estava em seu carro com o filho, de 20 anos. Embora o jovem tenha conseguido levá-lo ao hospital, Lael não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois.
Segundo a Polícia Civil, Daniele teria atraído Lael sob o pretexto de comprar açaí e, em seguida, compartilhado sua localização com os criminosos. Além da médica, outras cinco pessoas foram presas, incluindo uma amiga com quem Daniele mantinha um relacionamento extraconjugal, sua secretária, um motoboy e um intermediário que teria contratado o atirador, que segue foragido.
As autoridades indicam que a motivação do homicídio foi uma acirrada disputa patrimonial. O casal enfrentava um processo de separação que envolvia cerca de R$ 10 milhões depositados em nome de um dos filhos. Daniele havia pedido o divórcio, mas Lael resistia à separação. Esse impasse, somado ao envolvimento extraconjugal da médica, teria impulsionado o planejamento do crime.
A prisão de Daniele foi parte de uma operação que incluiu o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão. O delegado responsável pelo caso, Luciano Cardoso, destacou que as evidências apontam para o crime premeditado, com todos os envolvidos desempenhando papéis cruciais no assassinato.
A polícia continua as buscas pelo executor do crime e trabalha para reunir todas as peças do caso. Daniele e os demais suspeitos estão à disposição da Justiça, enquanto a investigação segue em andamento para concluir o inquérito.
Por: Tatiane Braz
Foto: Reprodução