Quatro suspeitos seguem indiciados, mas perícia confirma que tiro fatal partiu de colega durante confronto
Um laudo pericial divulgado pela Polícia Científica confirmou que o policial militar Leandro Gadelha da Silva, morto em uma operação no dia 22 de julho, foi atingido por um disparo efetuado por um colega de corporação. Segundo o documento, Gadelha foi baleado cinco vezes — no peito, perna, braço e antebraço. O projétil que causou o ferimento fatal, retirado de seu peito, foi identificado como sendo de armamento da própria Polícia Militar.
Apesar da confirmação de “fogo amigo”, a Polícia Civil manteve o indiciamento de quatro suspeitos que estavam no local por homicídio e tentativa de homicídio. Os homens, segundo o inquérito, participavam de uma negociação de armas que culminou em uma troca de tiros com os policiais. Além de Gadelha, outro homem morreu durante o confronto.
O tiroteio aconteceu quando uma equipe da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) abordou os suspeitos. De acordo com a Polícia Militar, a abordagem foi recebida com disparos, gerando um intenso confronto. No calor do embate, a confusão sobre a origem dos tiros levou à tragédia.
Cinco pessoas foram detidas na operação. Uma delas ficou ferida e precisou ser hospitalizada em Anápolis, enquanto os demais foram presos em flagrante. O áudio de um pedido de socorro feito por um policial durante o confronto destacou a urgência da situação: “Preciso do SAMU! Policial ferido!”, disse.
Posteriormente, um dos policiais envolvidos no caso declarou que um dos suspeitos confessou ter disparado, alegando pânico durante a abordagem. Esse depoimento foi importante para converter a prisão dos detidos de flagrante para preventiva.
O inquérito continua em aberto, com as autoridades trabalhando para elucidar os detalhes do confronto e determinar responsabilidades no incidente que levou à morte de Leandro Gadelha.
Por: Redação
Foto: Reprodução