Manifestantes defendem regime 4×3 e carga semanal de 36 horas como parte de PEC em tramitação no Congresso
Nesta sexta-feira (15), feriado da Proclamação da República, diversas cidades brasileiras, incluindo Goiânia, foram palco de manifestações em apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe a redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 36 horas. A iniciativa, liderada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), também prevê a substituição do modelo atual de 6×1 por uma escala 4×3, garantindo três dias de descanso por semana.
Além de Goiânia, capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e Porto Alegre reuniram centenas de manifestantes, entre trabalhadores, líderes sindicais e representantes de movimentos sociais. Os atos contaram com discursos, panfletagem e apresentações culturais, com o objetivo de informar a população sobre os benefícios da redução da jornada e pressionar o Congresso a aprovar a medida.
Defensores da proposta destacam experiências internacionais bem-sucedidas, como na Islândia e Alemanha, onde a redução de horas resultou em aumento de produtividade e maior bem-estar dos trabalhadores. “A jornada mais curta é um passo para equilibrar vida pessoal e profissional”, afirmou um representante sindical em Goiânia.
Por outro lado, setores empresariais alertam para possíveis dificuldades, como aumento nos custos operacionais e necessidade de reestruturação de equipes. Empresários prometem pressionar o Legislativo para barrar o avanço da PEC, alegando que a medida pode comprometer a competitividade de alguns setores.
Na capital goiana, o protesto aconteceu em uma das principais praças da cidade, reunindo diversos sindicatos e movimentos trabalhistas. “Queremos conscientizar a sociedade sobre como essa mudança trará benefícios não só para os trabalhadores, mas para toda a economia”, disse um dos organizadores.
O debate em torno da jornada de trabalho promete intensificar-se nos próximos meses, com manifestações e articulações políticas de ambos os lados. A PEC já está em análise no Congresso e promete ser um dos temas centrais da agenda trabalhista no país.
Por: Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil