Ex-jogador segue cumprindo pena de nove anos por estupro coletivo ocorrido na Itália, em 2013.
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (22) para manter o ex-jogador Robson de Souza, conhecido como Robinho, preso. Condenado a nove anos de reclusão por estupro coletivo na Itália, Robinho cumpre a sentença no Brasil desde sua transferência ao presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.
A decisão foi tomada no julgamento realizado no Plenário Virtual do STF, com relatoria do ministro Luiz Fux. Até o momento, seis dos 11 ministros da corte votaram contra os pedidos de liberdade apresentados pela defesa. Os votos contrários à soltura foram dos ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Apenas o ministro Gilmar Mendes manifestou apoio à defesa do ex-jogador.
O caso e seus desdobramentos
Robinho foi condenado pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa em 2013, quando jogava no Milan, na Itália. A defesa argumentou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) excedeu suas competências ao determinar o cumprimento da pena no Brasil, mas o ministro Fux rebateu, destacando que a decisão está em conformidade com a legislação nacional.
O julgamento deve ser concluído na próxima terça-feira (26), a menos que algum ministro solicite vista ou destaque, o que pode adiar a decisão para o plenário físico.
Impacto da decisão
Com a manutenção da prisão, o caso reforça a seriedade no enfrentamento de crimes de violência sexual e simboliza um importante passo no combate à impunidade. A detenção de Robinho é vista como um marco no cumprimento de sentenças internacionais em território brasileiro.
Por: Redação
Foto: Rafael Ribeiro/CBF