Espaço religioso é invadido, depredado e furtado; autoridades investigam possível crime de intolerância religiosa
Na madrugada da última sexta-feira (22), o terreiro de Candomblé e Umbanda Tenda Mata Verde João da Mata, em São João da Barra, norte do Rio de Janeiro, foi alvo de um ataque que deixou a comunidade local abalada. Criminosos invadiram o local, depredaram imagens sagradas, destruíram tecidos litúrgicos e partes da estrutura física, além de furtarem objetos de valor cultural e religioso.
O líder espiritual do terreiro, Pai Victor de Exu, lamentou o ocorrido em um comunicado. “Esse ataque não fere apenas o terreiro, mas também a liberdade religiosa e o respeito à diversidade. Continuaremos firmes na nossa missão espiritual, resistindo à intolerância e à violência.”
Imagens divulgadas mostram o cenário de destruição, com estátuas quebradas, elementos de culto danificados e a cobertura arrancada. Frequentadores do espaço manifestaram indignação e cobraram justiça para o caso.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura o incidente, tratando-o como possível crime de intolerância religiosa, além de furto e dano ao patrimônio. Ativistas pelos direitos humanos e representantes do movimento negro reforçaram a necessidade de uma resposta rápida e eficaz das autoridades.
A intolerância religiosa é crime no Brasil, e ataques como este evidenciam a urgência de políticas públicas que promovam o respeito à diversidade religiosa. “Esse ato é uma afronta ao direito constitucional de liberdade de culto, e não pode ser tolerado”, afirmou uma líder comunitária da região.
Apesar do ataque, frequentadores do terreiro reafirma seu compromisso com a preservação de sua cultura e fé, destacando que a violência não será suficiente para interromper suas práticas e tradições. Além disso, campanhas de conscientização e apoio à reconstrução do espaço estão sendo organizadas por movimentos sociais e religiosos.
Por: Redação
Foto: Reprodução