Aumento de 1,8% mantém índice dentro das metas anuais, com destaque para o crescimento da reserva de liquidez
A Dívida Pública Federal (DPF) alcançou R$ 7,072 trilhões em outubro, registrando um avanço de 1,8% em relação ao mês anterior, quando somava R$ 6,947 trilhões. Os números, divulgados nesta sexta-feira (29) pela Secretaria do Tesouro Nacional, indicam que a dívida permanece dentro do intervalo estipulado no Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê valores entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões para 2024.
Componentes da dívida
A maior parte da DPF corresponde à Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), que cresceu 1,62%, totalizando R$ 6,748 trilhões. Já a Dívida Pública Federal Externa (DPFe), em moeda estrangeira, apresentou um aumento mais expressivo, de 5,82%, alcançando R$ 325,22 bilhões no período.
Colchão de liquidez reforçado
O Tesouro destacou o crescimento do chamado “colchão de liquidez”, a reserva financeira destinada a cobrir vencimentos da dívida pública. Em outubro, o montante subiu 4,81%, chegando a R$ 822,42 bilhões, suficiente para arcar com 6,86 meses de vencimentos. Apesar de uma leve redução em relação aos 7,27 meses de setembro, o valor é considerado adequado para enfrentar compromissos de curto prazo.
Planejamento e controle
A DPF é composta por recursos captados pelo governo para financiar o déficit orçamentário, sendo gerida de acordo com estratégias para assegurar equilíbrio fiscal. Essa dívida divide-se entre operações internas, realizadas em reais, e externas, denominadas em moedas estrangeiras, ajustadas conforme o planejamento do Tesouro.
Os números reforçam o compromisso do governo com a manutenção de níveis sustentáveis de endividamento, apesar do cenário desafiador imposto por fatores econômicos e fiscais.
Por: Redação
Foto: José Cruz/Agência Brasil