Estratégia global reforça foco no Disney+ e reflete mudanças no mercado de entretenimento
The Walt Disney Company confirmou que encerrará todos os seus canais de TV paga no Brasil até 2025. A decisão, anunciada nesta segunda-feira (3), faz parte de uma estratégia global para consolidar o Disney+ como principal plataforma de conteúdo da empresa. Com isso, canais como Disney Channel, Disney Junior e ESPN Extra serão descontinuados, marcando uma nova etapa no consumo de conteúdo audiovisual.
A decisão está alinhada com a transformação do mercado de entretenimento, onde o streaming ganha cada vez mais espaço em detrimento da TV paga tradicional. Desde 2019, quando lançou o Disney+, a companhia tem priorizado a produção de conteúdos exclusivos para o digital, incluindo franquias de sucesso como Marvel, Pixar e Star Wars. “Nosso foco é oferecer experiências diretas ao consumidor, com conteúdos diversificados e acessíveis”, afirmou a empresa em nota.
O encerramento dos canais pode acelerar a migração para serviços sob demanda, mas também levanta preocupações sobre o acesso digital no país. Apesar do crescimento do streaming, muitas regiões ainda enfrentam desafios com infraestrutura de internet. Segundo especialistas, a medida pode ampliar a exclusão digital, enquanto pressiona o mercado de TV por assinatura, que já enfrenta quedas de assinantes.
“A transição é inevitável e faz parte da evolução do consumo de mídia, mas exige atenção ao impacto social, especialmente em áreas com acesso limitado à tecnologia”, observa Daniela Soares, economista especializada no setor cultural.
Com a saída dos canais de TV, a Disney intensifica a competição com gigantes do setor, como Netflix, Prime Video e HBO Max. No Brasil, a empresa aposta em um catálogo robusto, promoções para novos assinantes e a força de suas franquias para consolidar sua base de usuários no Disney+.
O encerramento dos canais da Disney simboliza o declínio da era de ouro da TV paga no Brasil, ao mesmo tempo em que reforça o streaming como a principal forma de consumo de entretenimento. Apesar das críticas, a decisão reflete a necessidade das grandes empresas do setor de se adaptarem às novas demandas dos consumidores em um mercado cada vez mais digital.
Por: Redação
Foto: Reprodução/Imagem, a logo da Disney