Ex-ajudante de ordens depõe para esclarecer declaração de defensor sobre plano envolvendo Lula
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5/12), em Brasília, para esclarecer uma declaração controversa de seu advogado, Cezar Bittencourt. A fala envolvia um suposto plano relacionado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 22 de novembro, Bittencourt afirmou, em entrevista, que Mauro Cid teria relatado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para assassinar Lula em 2022. No entanto, o advogado voltou atrás logo após a repercussão, alegando ter cometido um erro. Ele corrigiu sua fala, afirmando que o suposto plano não envolvia o assassinato de Lula, mas “outros fatos” ligados ao entorno do ex-presidente.
No depoimento, Mauro Cid negou ter informado qualquer coisa nesse sentido e atribuiu o episódio a um equívoco de seu advogado. Segundo fontes próximas à investigação, o tenente-coronel declarou que houve um “mal-entendido” na interpretação das declarações feitas por Bittencourt.
A audiência é parte de um conjunto de investigações que analisam o envolvimento de Bolsonaro e seus aliados em ações ilegais, incluindo conspirações contra a democracia e atos antidemocráticos.
A fala equivocada do advogado trouxe ainda mais atenção para os desdobramentos judiciais que cercam o ex-presidente e seu círculo próximo. Mauro Cid, envolvido em outras investigações importantes, permanece como uma peça-chave no esclarecimento de acusações envolvendo Bolsonaro.
Enquanto a PF avança na apuração, o caso aumenta a pressão sobre Bolsonaro e seus aliados, podendo impactar sua imagem e futuros desdobramentos políticos. Novas informações deverão ser divulgadas à medida que as investigações prosseguirem.
Por: Redação
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