Disputa financeira em meio à separação levou ao crime, revela investigação; defesa promete recorrer
A pastora Sueli Alves dos Santos Oliveira, de 44 anos, foi condenada a 15 anos de prisão pelo assassinato de seu marido, José Maria Vieira de Oliveira, em setembro de 2022, na cidade de Bela Vista de Goiás, Região Metropolitana de Goiânia. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (3), sob júri popular, e revelou detalhes chocantes do crime, que teria sido motivado por questões financeiras em meio ao processo de separação do casal.
Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), o crime foi motivado por interesses econômicos. Sueli havia contratado um plano funerário em nome de José Maria, colocando-se como beneficiária principal do seguro. Para os promotores, isso reforça a hipótese de premeditação.
Na noite do homicídio, após uma discussão, Sueli misturou veneno na comida ou bebida da vítima. Após a morte de José Maria, a pastora tentou simular um suicídio, mas as investigações desmontaram a encenação, levando à sua prisão.
O tribunal reconheceu que Sueli agiu com frieza e planejamento. No entanto, a defesa argumenta que o ato não foi premeditado e que ela teria agido sob forte pressão emocional. “A sentença será recorrida, pois entendemos que houve um exagero na pena aplicada”, afirmou o advogado da ré.
O caso gerou grande repercussão na região, destacando a gravidade de crimes motivados por questões financeiras e a complexidade das relações conjugais conflituosas. Além disso, levantou questionamentos sobre o papel de confiança associado à figura de líderes religiosos, como Sueli, que exercia influência sobre a comunidade local.
A condenação marca um desfecho importante para a busca de justiça, mas o desdobramento do recurso ainda promete prolongar a discussão sobre o crime que chocou Bela Vista de Goiás.
Por: Tatiane Braz
Foto: Reprodução/G1